Os pobres têm subsidiado os ricos desde há muito tempo. Um maior envolvimento do estado na actividade económica é agora necessário. O mais importante é que o sistema financeiro internacional fracassou em encontrar duas exigências óbvias: prever instabilidades e crises e transferir recursos das economias ricas para as pobres. Ler mais...
Por : Jayati Ghosh, economista indiana.
( Via : esquerda.net )
Um parágrafo, dois gráficos, algumas palavras.
Há 20 horas
2 comentários:
Começam, finalmente, a surgir especialistas a defender aquilo que me parecia óbvio, mas que um bloqueio mental – mais até que ideológico – impedia que tivesse acontecido há mais tempo, a começar pela própria esquerda (que me parece, volto a insistir, muito tímida nas suas propostas): a exigência de uma crescente intervenção do Estado na vida económica (já ninguém, hoje, o parece contestar) e o controle público (através do Estado, bem entendido) do sector financeiro, desde logo interno através da socialização dos bancos (neste artigo é sugerido ainda quase a medo – “algum grau de socialização”), mas também internacional por intermédio de uma cooperação que tem de passar, antes de mais, por um novo Bretton Woods.
Mas, como tenho dito também, a realidade acabará por impor – cada vez se torna mais claro – soluções muito para além do que agora se perspectiva. Até por isso eu penso que a esquerda devia antecipar-se na explicitação das alternativas que, afinal, melhor concretizam o seu programa.
No DN de hoje, Baptista Bastos não tem pejo em afirmar: “Gritar por Keynes e omitir Marx não é intelectual nem eticamente sério: é revulsivo”. O pudor ou o temor da esquerda em assustar as pessoas com fantasmas do passado pode vir a revelar-se, ele próprio, um fantasma mental e decerto não ajuda ao esclarecimento do que verdadeiramente está em causa, porque ‘isto’ foi exactamente o que Marx investigou – e ‘descobriu’ – há cerca de século e meio atrás.
Inteiramente de acordo.
Fica, entretanto e desde já, o Convite para dias 14,15 e 16 de Novembro o "Congresso Internacional Karl Marx" cujo programa pode(rá) ser visto em www.esquerda.net
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