quarta-feira, 28 de abril de 2010

Uma questão de peso ...


Segundo um estudo acerca da Prevalência do Excesso de Peso e Obesidade em Portugal ficamos a saber que, de facto, os Portugueses têm peso a mais.

São números arreliadores, uma vez que 43,5% dos portugueses têm um peso acima do normal;
- 11,2% sofrem de obesidade
- 32,3% têm excesso de peso
Mas, o problema é que 56,9% da população portuguesa com excesso de peso e um terço dos obesos não têm consciência deste facto; pelo contário, pensam que estão no peso ideal.

Reconfirma-se, assim e com mais este estudo, que os problemas de peso têm uma correspondência directa com os hábitos alimentares.
Veja com atenção o contributo de Jamie Olivier sobre esta temática ...
(para legendagem : clicar em subtitulo )

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Passos para um país ainda mais fracturado ...


" Diz-se por aí que o PSD tem um líder com um projecto "liberal" que não quer o Estado nos negócios.
Na realidade, Passos Coelho é mais uma prova de que o liberalismo nacional está hoje reduzido a uma ficção económica que esconde mal a verdadeira aposta política no esvaziamento e enfraquecimento do sector público, transformando-o em campo para novos negócios.

Num contexto em que aumenta a pressão parasitária dos grupos económicos cada vez mais desesperados para que se opere uma transferência massiva de recursos públicos para mãos privadas, o PSD tenta ultrapassar o PS no desvelo com que serve a nossa lumpemburguesia.

O Serviço Nacional de Saúde ou a escola pública são demasiado apetitosos para serem geridos numa lógica de bem comum e de direitos sociais. A retórica da "liberdade de escolha" disfarça mal a aposta na construção de mercados, usando o financiamento público nestas áreas. O resultado é conhecido: maior desigualdade no acesso a estes bens, balcanização da sua provisão, corrosão da ética do serviço público e maiores custos de monitorização. (...) "

Por : João Rodrigues, in Jornal "I" / ( Ler mais ...)

domingo, 25 de abril de 2010

Uma ‘corrupção’ nunca vem só!

Domingos Névoa viu-se absolvido, na Relação, do crime de corrupção em que fora condenado na 1ª instância – absolvido, não obstante o tribunal dar como provados os factos que o incriminavam e haviam fundamentado a primeira condenação, submetida então a recurso.

Os indícios deste inconcebível desfecho há muito que vinham sendo anunciados. O mais recente – e bem revelador – reporta-se à pantomina jurídica em que acabou condenado por difamação (!) o denunciante do corruptor ofendido! Já havia comentado antes por aqui, a propósito deste processo, tratar-se de um caso exemplar do estado ‘desta’ justiça, pois que “apenas admitir-se que ‘alguém’ possa ser condenado por chamar corrupto a ‘alguém’ condenado por corrupção (!!!), é só por si razão bastante para o descrédito de um sistema judicial que tal promove (magistrados) e aceita fazê-lo (juízes)”. Pelos vistos o descrédito é ainda muito mais profundo!

Perante tamanha desconformidade entre os factos provados e a sentença proferida – quaisquer que sejam as razões (ou malabarismos?) processuais invocados por tão inquestionável (?) instância –, perante a monstruosidade ética (e racional) que configura e o precedente assim aberto, o rol de sucessivos manifestos atropelos ao simples bom senso, até o desconforto que parece estar a provocar entre os próprios pares do ilustre síndico que assim achou por bem proceder, será abusivo concluir-se que quem tenta corromper uma vez (facto provado nas duas instâncias, sublinhe-se!), é capaz de o tentar duas ou três? E se assim for...

Denunciar e combater a corrupção, a todos os níveis – em democracia não há, não pode haver, ‘bezerros de oiro’! – é também uma forma de se cumprir Abril!

25 de Abril, sempre !!!


36 anos depois do 25 de Abril de 1974, convém não olvidar que a crise é um acto político; uma consequência política dos governos, de todos os governos que nos têm (des)governado, em rotativismo, em alternância e sem a coragem da procura de alternativas consequentes.
Este não é o país que, sinceramente, esperava depois de ter “acontecido” Abril.
Mas, porque o 25 de Abril (de 1974), esse, foi do MFA e dos Portugueses é, assim, e por isso “que essa merda vai mudar”; tem que mudar …
É, tão só, uma questão de tempo, de perseverança e de vontade(s)…
Viva o 25 de Abril; o de 1974, Sempre !..

sábado, 24 de abril de 2010

Se ...


1, isso mesmo : 1, 1 ponto ... é o necessário e suficiente para que o Benfica seja Campeão, se, esta noite e tal como espero, faça aquilo que lhe compete: Vencer !!!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Hoje : Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor



Desde 1996, e por decisão da UNESCO, que o Dia Mundial do Livro é comemorado.
Trata-se de uma data simbólica para a literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia faleceram importantes escritores como Cervantes e Shakespeare.

"Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde,
um cego que guia, um morto que vive."

 
Padre António Vieira

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Hoje : Dia Mundial da Terra ...


"O capitalismo é sinónimo de inanição, o capitalismo é sinónimo de desigualdade, é sinónimo de destruição da mãe Terra.
Ou morre o capitalismo, ou morre a Terra.
(...) Reunimo-nos aqui com a visão compartilhada de que as coisas não andam bem, que nosso planeta está doente, consequências do sistema capitalista, que tenta converter tudo em mercadoria.
(...) Nós, povos que habitamos o Planeta Terra temos todo o direito, ético e moral, para dizer que o inimigo central é o sistema capitalista, que busca ganhar o máximo possível promovendo o crescimento sem limites"


Evo Morales, Presidente da Bolivia, na Conferência de Cochabamba
(Via : Esquerda.net ) Ler mais ...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A máquina e suas “peças” …


“ O futebol não tem fórmulas infalíveis.
Está totalmente afastada a ideia que uma equipa ganhe ou perca por causa do seu sistema táctico.
Como pode ele ser tão importante se, ao longo dos tempos, já ganharam campeonatos sistemas tão diferentes, antagónicos mesmo?
O segredo está sempre na sua sábia utilização.
Não o colocar à frente dos jogadores mas também não deixar que ele fique dependente dos jogadores.
As duas ideias desta última frase parecem impossíveis de conciliar.
Antigamente, a astúcia de um treinador estava sobretudo em encontrar o seu onze e base e mantê-lo.
Hoje, maior astúcia estará naquela que muda mais e o rendimento da equipa permanece.
Ambas as opiniões são verdadeiras.
O Benfica e os passos de Jesus na Luz esta época (construção e manutenção da equipa) são uma prova disso.
Nos diferentes sentidos.
Ao longo da época, solidificou um onze base muito forte, automatizado sem perder criatividade."


Luis Freitas Lobo, in "Planeta do Futebol"

PS - este Post/Citação é dedicado, com todo o prazer e o maior gosto, a todos os meus Amigos que, ainda e agora, de forma reiterada e capciosa continuam a denegrir o Benfica; ora, constatem, vejam/leiam o óbvio e deixem-se lá de m-e-r-d-a-s !!!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

4, 4 pontos … e o muito e intenso colinho !!!


4, 4 pontos é, agora, quantos os que faltam para animar a malta; que é como quem diz:
- para o BENFICA ser CAMPEÃO ...
Ontem, em Coimbra, perante 21.742 espectadores – ainda assim, e pese o especulativo preço dos bilhetes, muito mais que as lotações de Académica x SCP e Académica x FCP … juntas , o BENFICA lá fez aquilo que lhe competia :
- vencer o encontro … e, assim, continuar a acreditar que o Campeonato é, cada vez mais, possível.
Neste Campeonato, de muito e intenso colinho, por enquanto, e até ver, o BENFICA tem:
- 22 vitórias em 27 jornadas
- 70 golos marcados
- 16 golos sofridos
Agora, só faltam três jornadas, somente três jogos, e o BENFICA só tem, mesmo e só, (de)corridos que são 10 encontros sem conhecer o sabor de quaisquer derrotas, que continuar nesta senda vitoriosa … e conseguir, ao e pelo menos, 4 pontos.
Com muito denodo, muita humildade e, acima de tudo, com muito colinho …
Isso mesmo, com muito colinho : com a presença entusiástica dos seus adeptos, sócios e simpatizantes, como tem acontecido em todo e qualquer estádio desse país …
4, 4 pontos e muito, muito colinho !!!

E, assim, com muito e intenso colinho, o BENFICA será Campeão !!!

domingo, 18 de abril de 2010

As (minhas) incongruências …


Ontem, lá fomos, eu e o João Tiago, meu sobrinho, decididos e à Catedral, proceder ao levantamento dos nossos “dorsais” com vista à (nossa) participação na 5ª Corrida do Sport Lisboa e Benfica …
Porém, hoje, mesmo e antes de me levantar da cama e antes e mesmo do despertador começar a trabalhar, (pre)sentia que uma chuvada se abatia sobre Lisboa …
Constatada a impiedosa intempérie, numa manifesta provocação da natureza contra uma Organização do BENFICA, ainda assim comecei os preparativos para (per)correr os 10 Kms que me estariam destinados;
tomei duche, o pequeno almoço, equipei-me a rigor, liguei para casa do João Tiago – não fora, este, continuar a “chonar” - e estava, mesmo, (pre)disposto a participar … como, de resto, exigia a minha condição de Benfiquista militante.
Contudo, saído de casa, bem protegido da chuva e de guarda chuva em riste, acabei por borregar …
O João Tiago, este, lá foi – como bom Benfiquista que se preza de ser - de abalada, rumo ao ponto de partida, tendo, entretanto e já, chegado à meta com o tempo, belíssimo tempo de 58'59'', segundo acaba de me informar por SMS.
Eu, agora e envergonhado, aqui estou a tentar “digerir” a minha incongruência …
Já não me basta(va), a mim, BENFIQUISTA, ter conduzido, algures nos EUA e em Massachusetts, um Jeep com o símbolo do Sporting …
Ora, com tantas e tamanhas incongruências, é caso para (me) interrogar :
- que mais me irá acontecer ???

sábado, 17 de abril de 2010

O impertinente e a esfinge

No episódio checo do ‘confronto’ dos déficits entre os dois países (?), não sei o que mais censurar: se a pesporrente provocação (ainda que em tons melífluos, quase dengosos!) do ultra-vaidoso presidente checo – trazendo à baila, da forma mais impertinente, um tema melindroso e passível de múltiplas abordagens; se a esfíngica reacção (hirta e distante, como é seu timbre, de quem, afinal, só ali estava de passagem – para ver a paisagem?) do ‘quase ausente’ presidente português – de boca aberta (é a sua imagem de marca) e sem capacidade de resposta!

A explicação posterior, frouxa e tardia, em jeito de desculpas para a insolente atitude do checo Vaclav Klaus, não passou disso mesmo, de desculpas! Tardias e... sem jeito! Porque, no mínimo, exigia-se ao português Cavaco, que reagisse na hora, mais que não fosse para frisar – diplomaticamente, bem entendido – que ‘o outro’ nada tinha a ver com isso (por não pertencer à ‘zona do euro’, nem sequer entra na constituição do pacote financeiro acordado para auxiliar a Grécia, no âmbito do designado ‘mecanismo europeu de assistência’!).

Um Presidente que não sabe responder à letra e na hora a provocações, venham elas de onde vierem, não serve para... Presidente. Não é o meu Presidente!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

"Açoriano Oriental" - 175 anos ...


O "Açoriano Oriental" (AO) é um periódico de Ponta Delgada, um jornal de referência da imprensa Açoriana.
Hoje, comemora 175 anos de vida, uma longa vida ... e é, assim e por isso, o mais antigo jornal português e o segundo da Europa.
A todos quanto, ao longo de todos estes anos, 175 anos, todos os dias, fizeram e fazem o jornal “acontecer”, os (meus) votos sinceros das maiores felicidades e longa, longa Vida.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Leituras sobre a Crise do Sistema – III

‘Velhas’ soluções para os ‘novos’ problemas de sempre: a redução do tempo de trabalho – ou uma alternativa decente para se sair da Crise

Um dos argumentos invariavelmente invocado para se contrariar a mudança (qualquer mudança!), é o da inevitabilidade das coisas. ‘A realidade é o que é’, afirmam definitivos, imperialmente convictos uns, dobrados à resignação outros. Qualquer tentativa de contestar esta afirmação, de propor alternativas ao ‘statu quo’ existente, é de imediato apostrofada, por uns e outros, de... irrealista, utópica, irresponsável!

Este é, também, o argumento que sustenta a opinião de que nada pode ser feito no que respeita ao tema em análise, uma vez que, adiantam, assim o impõe a globalização. Esta opinião, contudo – e felizmente – não é generalizada. Os que consideram ser possível contrariá-la não são ainda em número – e não têm a força – suficiente para poderem inverter a situação actual, mas sabem que podem contar com um aliado poderoso e determinante neste processo, a própria evolução da realidade. Torna-se impossível travar, pelo menos a longo prazo, o aprofundamento das condições objectivas (técnicas e sociais) que sustentam e deverão garantir uma gradual libertação do tempo de trabalho e a sua redistribuição/partilha (política) mais igualitária.

É isso mesmo que defende, num texto já não muito recente (1996, Miséria do Capital), Michel Husson, ao afirmar que ‘a redução generalizada do tempo de trabalho é o eixo de uma saída igualitária da crise social’. A este propósito, é bom ter presente que, aquilo que acabou por explodir nos finais de 2008, com o ‘quase’ colapso do sistema financeiro e o seu prolongamento na crise económica e social, levou anos, décadas, a preparar. As condições que propiciaram ‘esta crise’ foram sendo, ao longo desses anos, denunciadas, de forma mais ou menos constante (e até consensual), por muitos analistas (a esmagadora maioria da área da esquerda, é certo), pelo que se alguma dúvida subsistia sobre o assunto, ela resumia-se ao momento da sua eclosão e, em menor grau, à magnitude das suas consequências (em boa medida dependente daquele momento e da capacidade de reacção dos poderes públicos).

Ora, a actualidade desse ‘velho’ texto (retomando o tema deste comentário) perante a contínua degradação das condições laborais, em risco de ‘explodirem’, não poderia ser mais flagrante: ‘A redução do tempo de trabalho (...) só abre caminho com lentidão e dificuldade, porque o conteúdo concreto que pode assumir é um desafio aberto ao debate social. Seria de resto mais justo considerar que há, de qualquer maneira, redução do tempo de trabalho e que a questão é saber como ela se processa. Esta redução pode efectuar-se de forma excluidora (há quem trabalhe muito, e até de mais, ao passo que outros são impedidos de aceder ao emprego) ou de maneira igualitária, por uma redução uniforme e generalizada que permita a todas e a todos trabalhar menos’.

Já por diversas vezes abordei o assunto neste ‘blog’ e, devo sublinhar, sem me socorrer do apoio deste texto para chegar praticamente às mesmas conclusões. Há pelo menos 10 anos na minha biblioteca pessoal, por lá ‘dormia’ (como tantos outros, confesso-o), a aguardar oportunidade. Que aconteceu agora, ao ser atraído para o autor (por referências bibliográficas mais recentes, claro) pelos ‘Ladrões de Bicicletas’. Se refiro isto é apenas para destacar o que, parecendo uma coincidência, é antes o resultado lógico a que chega qualquer pessoa que decida, de forma isenta e objectiva, debruçar-se e reflectir um pouco sobre o assunto. Pois se até eu lá cheguei...

E, já agora, outra ‘curiosa’ coincidência! Depois de afirmar que ‘é perfeitamente legítimo raciocinar sobre a “partilha do trabalho”, (...)’ Husson acrescenta que ‘faz sentido construir um indicador sobre a “duração uniforme de trabalho que garanta o pleno emprego”, que se obtém dividindo o volume de trabalho pela população activa’. Parte, depois, para o cálculo do número de horas semanais que, nas condições produtivas da França de então (o livro, recorde-se, é de 1996), poderiam garantir o pleno emprego, para concluir que ‘será da ordem de 32 horas por semana em 2000’. Há precisamente 1 ano (Abril/09), eu referia aqui que ‘nem sequer se exige imaginação para adiantar propostas que permitam concretizar essa mais que indispensável redistribuição do tempo de trabalho. Afinal, nada disto é inédito: bastaria retomar-se a tendência de redução da ‘jornada’ de trabalho manifestada ao longo da curta história do capitalismo – aprofundada no período keynesiano com as designadas semanas ‘inglesa’ primeiro, ‘americana’ depois; interrompida com o advento do neoliberalismo de Teatcher e Reagan – agora, por hipótese, para as 30 horas semanais (passível de múltiplas variantes)’. Tratava-se apenas de uma ‘hipótese’, claro, mas... não andei muito longe!

Os mecanismos de decisão que comandam a realidade social não se regem pela lógica da razão, apenas pela força dos interesses (esta é a única objectividade admitida). Mas é exactamente no emaranhado complexo dos interesses que se deve procurar a explicação para os aparentes bloqueios que infernizam a vida das pessoas. Também por isso, continuar a seguir este texto de M. Husson afigura-se um exercício útil e muito actual, tanto mais que os cálculos a que procede têm o mérito de desmontar tecnicamente os estafados argumentos neoliberais escudados na produtividade, competitividade, contexto europeu,... E com ele concluir que, afinal, tudo se reduz a uma ‘opção de sociedade fundamental’, pois ‘a questão não é tanto saber se é necessário ou não reduzir o tempo de trabalho, mas saber como se fará esta redução: seja de maneira discriminatória, privando alguns de um pleno acesso ao emprego, e particularmente as mulheres, remetidas ao tempo parcial, seja, pelo contrário, repartindo de maneira igualitária os benefícios de uma progressão global da produtividade’.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

7 ...


7, isso mesmo ...
7, 7 pontos : duas vitórias e um empate, é o que faz falta para animar a malta; dito de outra forma, são 7 os pontos necessários e suficientes para que o BENFICA seja Campeão …
7, 7 jogos são quantos os que, o BENFICA, leva de seguida e vencidos na Liga …
7, o número da camisola de Cardozo, por enquanto e só, o melhor marcador da Liga …
7, a unidade de 59.317, o número de espectadores que, ontem e contando comigo, estivemos na Catedral ...
7, a unidade de 67, quanto o número de pontos que, por enquanto, o BENFICA, detém na Liga ...
7, a unidade de 67, quanto o número de golos que, por enquanto, o BENFICA marcou nesta Liga...
7, agora a 7 pontos, é procurar, tanto quanto possível, fazer a melhor gestão da (nossa) ansiedade … e esperar pelo BENFICA Campeão …
Eu, sinceramente, acredito
!!!

PS – um tal de “ministro” é, virou e agora, Director de Futebol; em meu entender, e muito sinceramente, merecia mais e melhor a Agremiação Leonina.

domingo, 11 de abril de 2010

Leituras sobre a Crise do Sistema – II

Contributos para um diagnóstico da Crise: o desmantelamento do Contrato Social

O capitalismo caracteriza-se por um enorme e historicamente inédito desenvolvimento das forças produtivas. É o resultado do extraordinário aumento da produtividade conseguido na base de uma extrema divisão social do trabalho (responsável também pela progressiva alienação do homem – mas isso já seria outra ‘história’) no âmbito do que se designa por ‘organização científica do trabalho’ – do taylorismo/fordismo (e Fayol,...) às modernas técnicas de gestão e à prevalência da tecnoestrutura sobre a detenção do capital nas principais decisões das empresas.

Este desenvolvimento, porém, só teve condições para se concretizar com a gradual implantação das ‘sociedades de consumo’. Com efeito, a enorme capacidade produtiva disponível a partir de técnicas do trabalho cada vez mais sofisticadas (e onde se incluem as inovações tecnológicas), só fazia sentido económico – no quadro de domínio do mercado capitalista – se a oferta dos produtos entretanto saídos das linhas de produção encontrasse uma procura solvente, se existisse um verdadeiro poder aquisitivo para os consumir. E isso, como a sucessão dos acontecimentos da Grande Depressão dos anos 30 do séc. XX se encarregaria de demonstrar (de forma, aliás, bem dramática), só se tornou possível dotando de poder aquisitivo um número crescente de trabalhadores/consumidores, viabilizando o ‘consumo de massas’.

Assim, dos escombros provocados pela Grande Depressão emergem sobretudo dois instrumentos estratégicos, complementares, que virão a revelar-se decisivos na construção da prosperidade do Ocidente, conhecida como os ‘trinta gloriosos anos’ (do final da Guerra a meados dos anos 70):
- A regulação do mercado, em resultado directo das condições que conduziram à Grande Depressão (uma espécie de ajuste de contas com o passado, por forma a evitar-se a sua repetição), com a imposição de um conjunto de normas de funcionamento estabelecendo limites à liberdade de actuação dos operadores económicos e abrindo caminho a uma intervenção crescente do Estado na vida económica;
- O contrato social, alternativa ao modelo liberal para a superação da crise, em que os trabalhadores e as suas organizações sindicais, a troco da renúncia ao controlo dos processos produtivos (equivalente à sua integração no sistema, por contraponto com o período anterior de permanentes lutas pelo poder político), asseguram, através da negociação contratual, estabilidade de emprego, actualizações salariais, acesso ao consumo massificado.

Modelo complementado por uma política social (universalização dos direitos sociais – saúde, educação, protecção no desemprego, pensões de reforma), assegurada por uma política fiscal fortemente progressiva de taxação dos impostos directos e dos lucros e património. Do ‘mercado selvagem’ dos primórdios do capitalismo, dominado pelo liberalismo económico sem regras, passa-se, assim, ao ‘mercado regulado’ do capitalismo maduro, dominado pelo modelo ‘social-democrata’, ou simplesmente ‘modelo social’.

Este modelo, responsável pelos já referidos ’30 gloriosos anos’ com a difusão maciça das inefáveis delícias do progresso capitalista, começa a evidenciar sintomas de esgotamento ainda na década de 70, que se acentuam e o faz entrar em crise com a chegada ao poder de Teatcher e Reagan (anos 80), parece hibernar com Clinton e Miterrand (anos 90), entra em claro retrocesso com Bush e Blair (primeira década do séc. XXI) e ameaça ruir no pós-crise do ‘sub-prime’ – não obstante a esperança protagonizada pela chegada de Obama ao poder nos EUA!

Esta aparente reviravolta – iniciada com a ‘saga’ da desregulação económica, prolongada no desmantelamento do Contrato Social – mais não traduz que o processo de adaptação do capital às novas condições de produção proporcionadas pela globalização: é possível produzir o mesmo com menos recursos. Por um lado, a evolução da divisão social do trabalho determinou a passagem da mecanização à automação e informatização, gerando uma capacidade produtiva imensamente superior à obtida na vigência do Contrato Social: com cada vez menos trabalhadores é possível produzir cada vez mais produtos, a automação substitui o trabalho manual sobretudo nas operações muito repetitivas. Por outro, recorrendo à deslocalização das empresas para zonas onde o trabalho (ainda) tem custos menores e sobretudo é menos exigente. O crescente desemprego é ‘apenas’ a consequência óbvia da destruição do ‘modelo social’!

A este propósito vale a pena uma ‘vista de olhos’ ao 1º cap. de um outro título recente (Nov.09), ‘Inquérito ao capitalismo realmente existente’, de Joaquim Jorge Veiguinha, onde algumas destas ideias e muitas outras são desenvolvidas para (nos) dar sentido à História. Para, compreendendo-a, se tentar encontrar alternativas que dêem sentido à Vida!
(...)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Leituras sobre a Crise do Sistema – I

As origens ‘remotas’ da Crise: o processo de desregulação do mercado

Na longa tradição das audições levadas a cabo pelo Congresso norte-americano, ainda a actual crise económica não havia atingido o seu auge e já tinham sido chamados a depor alguns dos principais responsáveis pela regulação dos mercados financeiros, com vista a apurar o papel dos Reguladores Federais na eclosão daquela. Em Outubro de 2008, quando essas audições começaram, perante a perspectiva do colapso do sistema (a ameaça pairou no ar após a falência do Lehman’s, em Setembro), havia a percepção de que os abusos detectados por trás da hecatombe financeira se deviam, antes de mais, a falhas de regulação dos mercados. Importava apurar, nestas circunstâncias, a quem cabia a responsabilidade por tais falhas.

Cedo se percebeu, porém, que as responsabilidades, mais do que atribuir-se a pessoas em concreto, atingiam todo um sistema de organização baseado numa ideologia. Como posteriormente iria sintetizar Stiglitz: ‘A verdade é que a maioria dos erros individuais se reduz apenas a um só: à fé de que os mercados se autorregulam e que o papel do Governo deve ser mínimo’. Ou, tal como evidenciado logo no início das audições pelo senador Henry Waxman, que as conduziu: ‘Desde há muito tempo que a ideologia venceu a governança. Os nossos reguladores, em vez de regularem, facilitaram. A sua crença na sabedoria dos mercados foi infinita. A sua oração passou a ser: a regulação governamental é um erro e o mercado é infalível’.

Retiro estes excertos de um texto recente onde se faz a história exemplar deste período crítico do tempo presente. E onde, na sequência desta citação, se sintetiza o essencial das alterações normativas que, sob o pretexto da ‘modernização financeira do sistema’ num quadro de funcionamento globalizado e culminando o processo de desregulação encetado no início dos anos 80 na era Reagan-Teatcher, mais contribuíram para o descalabro económico que pôs o mundo à beira do colapso.

De acordo com o mesmo texto, ‘Waxman, nesta curta intervenção, refere-se à desconstrução do quadro regulador da era de Roosevelt, através da construção de um quadro desregulador que foi sendo produzido nestes trinta anos de neoliberalismo, usando três instrumentos fundamentais. Primeiro: em 1999, a revogação da lei que regulava o sistema financeiro, conhecida por Glass-Steagall Act (que, basicamente, estabelecia os limites de actuação entre bancos comerciais e de investimento, e entre a banca e a actividade seguradora), que foi substituída pela Gramm-Leach-Bliley Act (também conhecida por Lei de Modernização dos Serviços Financeiros), com o argumento de que o estado norte-americano, no dizer dos promotores da mudança, não poderia estar a viver vestido como um adulto e protegido como uma criança’.

Para abreviar este relato, seguem-se, logo em 2000, ‘a modificação das regras de funcionamento dos mercados de produtos derivados’, em 2004, ‘a eliminação das regras prudenciais para os grandes bancos de investimento, a net value rule (as reservas de caixa), com o argumento de que estes sabiam proteger-se tão bem que não precisavam de cláusulas reguladoras’ e, já em 2007, ‘a eliminação da regra uptick que condicionava as vendas a descoberto’.

O certo é que toda a construção ideológica neoliberal dos últimos 30 anos – baseada na primazia absoluta da regulação automática (ou autorregulação) do Mercado e utilizada para justificar o desmantelamento do edifício regulador erguido por Roosevelt em resposta à Grande Depressão de 29-32 – foi posta em causa pela sucessão de acontecimentos que culminaram naquele Outono de 2008 e por isso não surpreendeu ter parecido soçobrar perante as questões colocadas nas audições do Congresso. Não obstante as contradições da frágil e precária situação actual, a evolução posterior da crise viria a comprovar ser prematuro falar de colapso do sistema.

Vale a pena, pois, continuar a ler ‘A Crise da Economia Global’, título recente (Nov.2009) de Júlio Mota, Luís Lopes e Margarida Antunes (docentes na Fac. Econ. da Univ. Coimbra), para melhor se perceber o contexto em que a crise ocorreu. Que explica o ‘modo como ocorreu’, não ‘porque ocorreu’. Pois isso implicaria uma análise às próprias estruturas do sistema.

Sem prejuízo de se considerar este tema alguma vez esgotado, vale a pena, então, tentar-se uma aproximação às causas profundas que determinaram a crise.

(...)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Música Celestial …


O vento consome-se.
Deleita massacres mensagens atlânticas com orquestras de mil e tal violinos.
É o ciclone a enraizar invernias cuspido das latitudes as muitas sinfonias.
O berço.
O arpão no rasgo das rotas
caça o maestro dono da ilha.
Da casa.
Leva o tecto do mar.
O bafo das cagarras.
O desafino.
Levamos nos olhos o transporte.
A carícia das mãos no corpo da rocha.
A baleeira no canal à deriva.
O vento consome-se com.
Some-se.
Deleita massacres mensagens atlânticas
com orquestras de mil e tal violinos.
O esqueleto do mar
rocha abaixo sem estaleiro.
Que vai ser disto ?
Outra vez o rumo a destruir
o leme e o cardume no colo do xaile.
Outra vez
outra voz
a promessa adiada.


Sidónio Bettencourt

quarta-feira, 7 de abril de 2010

As Invisíveis Iluminações ...


Há lugares de simples encantamentos,
onde ferventes pulsam claridades.
Como quem diz uma chávena de café,
fumegante, sobre o tampo da mesa.
Ao lado o jornal,
desprendendo a desordenada
pulsação do mundo.
Ligeiro, o roçar dum vestido pela porta,
um seco troar de tamancos
logo a seguir, imensamente antigo.
A Tabacaria Açoriana era às vezes
um leve cair de folhas, quase cego,
de exaltação.
Os primeiros pingos de chuva, por assim dizer.
Ou o negro xaile que tombava sobre o jornal
aberto, abril ou um doce instantâneo de junho,
uma dessas solidões repentinas, ao virar da página.
Os lugares são irremediavelmente,
a luminiscência das circunstâncias.
Águas que através de uma voz
se tocam, ecoantes.
Como se de entre duas pedras
invictas brotassem.

( Eduardo Bettencourt Pinto )

terça-feira, 6 de abril de 2010

‘Incógnito perigo... novos desastres...’ – de novo, os ‘velhos do Restelo’?

Acabado de regressar, deparo logo com a ‘polémica’ (via ‘Ladrões de Bicicletas’). Antes de mais, peço desculpa pela falta de originalidade do título, pois de tão óbvio, merecia pelo menos o esforço de um outro mais actual a condizer. Mas por mais voltas que dê, o retorno à velha e gasta alegoria oferece-se irrecusável, pois parece talhada para este caso: o ‘choradinho’ que o motiva – vertido em forma de "Manifesto por uma Nova Política Energética em Portugal", ou ‘Manifesto dos 33’ – tem um objectivo manhoso e é preciso estar atento (como já evidenciado por outros comentários sobre o assunto). De um lado o incansável ‘lobby’ nuclear, do outro o novo e fogoso líder do PSD. É demasiada coincidência para ser apenas isso, uma coincidência.

Além disso, a alusão aos ‘velhos do Restelo’ tem ainda a vantagem de estabelecer o paralelo com os ‘Descobrimentos’ – operação imensamente acima dos recursos do país e, não obstante, fez-se e com sucesso! Correspondeu até, apesar de todos os ‘velhos do Restelo’ (lá está!), ao período mais influente da nossa História (com todos os excessos cometidos, mesmo quando vistos à luz da época).

Numa altura em que se acentua a necessidade de se equacionarem alternativas estáveis às energias fósseispor razões do esgotamento dos recursos e por preocupações com o ambiente – a única ideia consistente deste manifesto (mais um) é a de que a política de apoio às renováveis é ‘uma aberração económica’, pois a aposta nestas é... cara (e, acrescentam, ‘suportada pelo consumidor’, com isso procurando demagogicamente colher o apoio de todos os pagantes). Restará então, por exclusão de partes, a energia nuclear – coisa que os ‘33’, nesta fase, ainda não se atrevem a explicitar, muito menos a propor. Que, no ponto da tecnologia actual, não responde nem a um nem a outro daqueles dois problemas, uma vez que se firma em recursos escassos não renováveis e arrasta riscos ambientais porventura ainda mais sérios de resolver a longo prazo (para além de toda a propaganda em contrário).

Tudo isto porque o tempo dos grandes projectos energéticos, daqueles que podem gerar muiiiiiito dinheiro, está a esgotar-se. As tendências actuais apontam na direcção da microgeração, tão micro quanto o pode ser o consumidor final, sejam os indivíduos ou as empresas – a tecnologia não está longe de o conseguir (até com participação de investigadores portugueses, por exemplo da U. Nova de Lisboa). Se estas tendências não forem travadas por interesses particulares (que, note-se, tudo farão para não perderem esta importante fonte de receitas), o consumidor tenderá a transformar-se no seu próprio produtor, num prazo que se espera então não muito longínquo (no início tudo dependerá dos apoios oficiais, é aqui que bate o ponto). Ainda que o não seja para ‘amanhã’, há que começar a criar as condições para o tornar possível. A recente agitação que sacudiu o sector teve o mérito, por entre os inúmeros alertas emitidos, de despertar um reforçado surto tecnológico na área da energia.

E é por verem essa oportunidade a esvair-se à medida que o tempo passa que agora ensaiam este pífio mas agoirento grito de alma contra a ‘política das energias renováveis’. Repare-se que eles não se atrevem a pôr em causa a ‘utilidade’ das energias renováveis. Por agora apenas arriscam contestar a política seguida para as incentivar, com base nos desgastados argumentos da ‘eficiência económica’a mesma eficiência que pôs o planeta à beira da catástrofe ambiental, o mesmo quadro de referências que colocou o mundo próximo do colapso financeiro (o ‘grupo nuclear’ – não resisto ao trocadilho fácil – destes ‘33’ é, não por acaso, bem conhecido doutras andanças)!

Por estas alturas é fácil ‘bater’ no Governo e nas suas políticas. E até nem seria difícil encontrar pontos criticáveis na actual política energética (do plano de barragens, aos próprios incentivos criados para a microgeração). Mas ao ‘exigirem uma avaliação técnica e económica, independente e credível, da política energética nacional, de forma a ter em conta todas as alternativas energéticas actualmente disponíveis’, estes ‘33’ indefectíveis manifestantes apontam, afinal, em que sentido?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Uma questão de "sentimento"...

Ainda sinto os pés no terreiro
Onde os meus avós bailavam o pezinho
A bela Aurora e a Sapateia
É que nas veias corre-me basalto negro
E na lembrança vulcões e terramotos
Refrão:
Por isso é que eu sou das ilhas de bruma
Onde as gaivotas vão beijar a terra
(REPETE-SE)
Se no olhar trago a dolência das ondas
O olhar é a doçura das lagoas
É que trago a ternura das hortênsias
No coração a ardência das caldeiras.
É que nas veias corre-me basalto negro
No coração a ardência das caldeiras
O mar imenso me enche a alma
E tenho verde, tanto verde a indicar-me a esperança.
(Autor: Manuel Ferreira)

PS - é sempre assim; sempre que se aproxima uma estada na Ilha, na minha Ilha de S. Miguel, dá-me para o "sentimento"; porque será ?

sábado, 3 de abril de 2010

Uma questão de oportunidade ...


«Se retirássemos ao judaísmo os seus profetas e ao cristianismo todos os acrescentos posteriores aos ensinamentos de Cristo, em especial os do clero, ficaríamos com uma doutrina capaz de curar todo o mal da humanidade.
É dever de todo o homem de boa vontade lutar, no seu pequeno raio de acção e na medida em que lhe for possível, para que esses ensinamentos de tão grande humanidade se convertam numa força viva. Se ele lograr que os seus honestos esforços nesse sentido não sejam esmagados sob os pés dos seus contemporâneos, poderá considerar-se um homem afortunado e afortunada a comunidade em que está inserido.»
Albert Einstein, in «Como Vejo a Ciência a Religião e o Mundo»

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Uma questão de memória …


«Um dia, aproximadamente por esta mesma época, fui de excursionista a Mafra.
Tinha nascido na Azinhaga, vivia em Lisboa, e agora, quem sabe se por um cúmplice aceno dos fados, uma piscadela de olhos que então ninguém podia poderia decifrar, levavam-me a conhecer o lugar onde, mais de cinquenta anos depois, se decidiria, de maneira definitiva, o meu futuro como escritor.
(…) Dessa breve viagem (não entrámos no convento, apenas visitámos a basílica) não guardo a mais viva lembrança que a de uma estátua de S. Bartolomeu colocada, e aí continua, na segunda capela ao lado esquerdo de quem entra, a que chamam, creio, em linguagem litúrgica, o lado do Evangelho.
Andando eu, pela minha pouca idade, tão falto de informação sobre o mundo das estátuas e sendo a luz que havia na capela tão escassa, o mais provável seria que não me tivesse apercebido de que o desgraçado do Bartolomeu estava esfolado se não fosse a parlenga do guia e a eloquência complacente do seu gesto ao apontar as pregas da pele flácida (ainda que de mármore) que o pobre martirizado sustinha nas suas próprias mãos.
Um horror. No Memorial do Convento não se fala de S. Bartolomeu, mas é possível que a recordação daquele angustioso instante estivesse à espreita na minha cabeça quando, aí pelo ano de 1980 ou 1981, contemplando uma vez mais a pesada mole do palácio e as torres da basílica, disse às pessoas que me acompanhavam:
«Um dia gostaria de meter isto dentro de um romance.»
«Não juro, digo só que é possível.»

José Saramago
, in «As Pequenas Memórias»