quinta-feira, 8 de abril de 2010

Música Celestial …


O vento consome-se.
Deleita massacres mensagens atlânticas com orquestras de mil e tal violinos.
É o ciclone a enraizar invernias cuspido das latitudes as muitas sinfonias.
O berço.
O arpão no rasgo das rotas
caça o maestro dono da ilha.
Da casa.
Leva o tecto do mar.
O bafo das cagarras.
O desafino.
Levamos nos olhos o transporte.
A carícia das mãos no corpo da rocha.
A baleeira no canal à deriva.
O vento consome-se com.
Some-se.
Deleita massacres mensagens atlânticas
com orquestras de mil e tal violinos.
O esqueleto do mar
rocha abaixo sem estaleiro.
Que vai ser disto ?
Outra vez o rumo a destruir
o leme e o cardume no colo do xaile.
Outra vez
outra voz
a promessa adiada.


Sidónio Bettencourt

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