quarta-feira, 30 de abril de 2008

Esqueletos fora do armário ? (3)

Vem aí o Partido Liberal?
A par de um novo – e grande – Partido Social-Democrata?
No meio desta súbita euforia partidária ‘renascentista’, assim como assim, bem mais honesta e esclarecedora das respectivas matrizes ideológicas se apresenta a proposta do Júdice. Ao menos teríamos a oportunidade de chamar os ‘boys’ pelos nomes, de um partido (pelo menos uma boa parte dele) que se diz social-democrata assumir plenamente a sua componente liberal, na política mas também na economia, e deixar de se esconder atrás de rótulos ideológicos que apenas pretendem camuflar a natureza, os propósitos, o programa, os verdadeiros interesses da sua elite dirigente.
E, sobretudo, proporcionava-se a oportunidade de, finalmente, se desenterrar e dar vida ao velhinho sonho de Sá Carneiro de se erguer um grande partido social-democrata em Portugal, agora construído sob os escombros dos já muito carcomidos PS e PPD/PSD, claramente a necessitarem de uma recauchutagem profunda, antes que as sempre imprevisíveis convulsões sociais ou as novas vagas de políticos, constituídas por especialistas cada vez mais encarreirados (ou enfeudados?) nas doutrinas liberais, se encarreguem de os deitar borda fora. É que se arriscam a passar do estatuto de imprescindível apoio político à desprezível categoria de empecilhos.
Não creio que tal venha a acontecer, pelo menos nos tempos mais próximos, sobretudo pela ainda (aparente?) cómoda posição do PS, mas lá que era tentadoramente clarificador e muito mais saudável à política caseira, lá isso era.
Aliás, a social-democracia no PPD/PSD tem uma história curiosa, talvez um dia...

Esqueletos fora do armário ? (2)

Novos partidos: a moral e a técnica no lugar da política

Os dois novos partidos já anunciados (o MMS de Eduardo Correia e o MEP de Rui Marques), têm como ponto de partida comum a constatação de que o actual modelo de governação política se encontra esgotado. No entanto, as propostas apresentadas para modificar (ou mesmo, vá lá, revigorar) tal estado de coisas, nada vêm acrescentar ao palavreado de boas intenções que consta dos programas dos partidos existentes, os tais responsáveis pela situação que se diz querer alterar.
Dir-se-á: as propostas conhecidas não passam, por enquanto, de proclamações muito genéricas, os programas específicos vêem (já) a seguir. Contudo:
1. Os escritos já disponíveis (sites na net,...) permitem concluir que, mais que propostas políticas novas, o que 'estes' novos partidos se propõem é, quando muito, moralizar a vida social e política do País. Como? Promovendo o mérito na base de uma maior qualificação das pessoas (MMS), irradiando a esperança através de uma cultura de pontes e de negociação (MEP). Assim apresentados, pode parecer demasiado redutor e até caricatural. Mas o certo é que não se lhes conhece uma única proposta política de alteração na organização social, no modelo económico, sequer nas estruturas governamentais.
2. Ao proclamarem excluir-se da tradicional divisão ‘esquerda-direita’, estão a avisar que, para eles, a política se reduz à ‘gestão técnica’, por um lado, à ‘moralização ética’, por outro – de que se arrogam os lídimos intérpretes – de um modelo social único e inquestionável. O redentorismo implícito na lógica destes projectos, impõe a conclusão (sem qualquer juízo de valor) de que os partidos tradicionais não passam, então, de coutadas onde se acoita a cambada de incompetentes e/ou a gente pouco séria e honesta que nos tem (des)governado.
3. Nada a apontar, pois, a este modelo social, os homens que o interpretam é que têm sido uns malandros: daí a aposta exclusiva em mudanças de tipo comportamental, reconhecidamente indispensáveis, mas que apenas podem aspirar a produzir efeitos a muito longo prazo...

Aguardemos então os próximos desenvolvimentos (caso os haja), para melhor comprovar o que fica dito.

A fome no Mundo e a lucidez de Evo Morales …

Num fórum sobre questões indígenas organizado pela ONU, o presidente Boliviano, Evo Morales, fez um apelo a uma reforma económica global que, e em meu entender, nos deve – a Todos e a Cada Um(a) – levar a pensar e reflectir.
Acho que ninguém que (de)tenha algum entendimento do mundo e que «forças» o estão a destruir, pode(rá) deixar de estar de acordo com Evo Morales quando este diz :
“ se queremos mudar o planeta Terra, para salvar a vida e a Humanidade, temos a obrigação de acabar com o sistema capitalista.»
E porque o capitalismo depende do consumo, mas o futuro da nossa espécie - e em última análise o do planeta - depende da sua conservação temos, segundo Evo Morales que :
“ implementar um sistema económico que não dependa da exploração dos trabalhadores e dos recursos naturais caso queiramos sobreviver”.
Veja, então e com atenção, a intervenção de Evo Morales … e, medite !..
http://www.youtube.com/watch?v=na3ZWOIus78

A não perder ...

"Futuro Comum"
Hoje, às 23 h, pode(rá) valer a pena ligar a TV. Na RTP-N passará o terceiro programa da série "Futuro Comum", resultado de uma parceria entre o Programa Gulbenkian Ambiente e a RTP.
O programa desta noite, com a duração de 50´, será dedicado ao tema do Mar e dos Oceanos, numa abordagem que versará os diferentes aspectos da sustentabilidade: a vertente ambiental, a dimensão social, as potencialidades económicas e as politicas públicas.

A crise alimentar mundial e os biocombustiveis

No que respeita à crise alimentar mundial há uma coisa que, para já, ninguém tem dúvidas : ela é importante e os biocombustiveis são, também, uma parte do problema.
Porém e teimosamente, o governo de Sócrates continua apostado em perseguir uma politica para os biocombustiveis que, decidida e manifestamente está em contra-ciclo aos posicionamentos mais recentes que, e sobre esta matéria, têm sido assumidos a nível da União Europeia e Mundial.
Pela importância desta temática, sugiro a leitura/estudo de um trabalho da Rita Calvário, retirado da Revista Virús :

terça-feira, 29 de abril de 2008

Esqueletos fora do armário ? (1)

É vulgar agora afirmar-se, a propósito de várias outras situações, que, finalmente, ‘os esqueletos decidiram sair do armário’. Não sei bem se é o caso ou se é possível aplicar aqui esta tão sugestiva imagem. De uma coisa estou seguro: se o não fizerem agora, arriscam-se a voltar ao pó de onde vieram. A crise que se anuncia pode, afinal, ter múltiplos desenvolvimentos e dar para muitos lados, porventura não para o mais favorável às aspirações de protagonismo de mais uns tantos.

Refiro-me ao anúncio, de um lado, ao lançamento da ideia, do outro, da formação de novos partidos políticos. Ao anúncio, não de um, mas de dois partidos (o MMS de Eduardo Correia e o MEP de Rui Marques); à ideia lançada por J. Miguel Júdice da constituição de um partido de direita, ‘mais liberal, mais conservador’, com a nata do PSD e CDS. Na passada, criava-se um grande partido social-democrata, pela fusão do PSD com o PS, uma vez que ambos ‘dizem as mesmas coisas e defendem as mesmas soluções’.

O momento, aliás, não podia ser mais propício: com o pano de fundo da descredibilização total do actual sistema de representação política (que a acção dos partidos tradicionais promoveu), a confusão que grassa no PSD em resultado da ‘invasão’ do seu território pelo PS, agravada com a intempestiva demissão do seu líder, parece talhada para facilitar a reconstituição partidária na zona definida como de centro-direita.
Os esqueletos, esses, sentem-se cada vez mais afoitos, até parecem mesmo dispostos a deixar de o ser. Para nos infernizar ainda mais a vida?
A ver vamos.

Confirmo: nem tudo são "cardos"

Acabo de regressar de mais uma viagem à Encarnação, aonde me desloquei para visitar um familiar doente. A Encarnação é, para os mais distraídos, a localidade onde mais se fabrica o famoso pão de Mafra, sendo esta a actividade que, até agora, a projectava para o exterior. E digo, até agora, para introduzir o motivo desta minha aparente excentricidade por trazer aqui o nome de uma terra que, para além do saboroso pão, parecia pouco mais ter de relevante a oferecer-nos.
Ora, aproveitando a ‘boa onda’ aqui inaugurada pela minha amiga Lebasi Mendes, quero daqui saudar uma obra que me parece a todos os títulos modelar. Falo da Unidade de Cuidados Continuados da Encarnação, precisamente a Instituição em que se encontra o meu familiar doente. A excelência vai desde as instalações, à organização ou à competência, dedicação e simpatia de todos os seus profissionais.
Mas o que importa sobretudo destacar é a forma como tudo isto teve origem. Tendo iniciado a sua actividade já este ano, esta obra surge em resultado da conjugação da acção governamental com a iniciativa do associativismo local:
– A acção governamental traduziu-se, antes de mais, no enquadramento normativa deste Governo PS no domínio da saúde (a tão criticada reforma de Correia de Campos na base dos 3 Cuidados – Primários, Hospitalares e Continuados) e do apoio subsequente da Segurança Social;
– Por sua vez, a Associação de Socorros da Encarnação ergueu um edifício exemplar, polivalente, destinado a Unidade de Cuidados Continuados e a Lar da 3ª Idade (presumo até, sem confirmação, que tenha sido esta a motivação inicial dos seus promotores, depois ajustada em função das possibilidades abertas pela referida reforma da saúde).
É justo ainda referir, mesmo que politicamente incorrecto, que esta reforma, no que aos Cuidados Continuados diz respeita, teve início ainda no Governo do Guterres, mas depois interrompida no Governo do Barroso (substituída por um arremedo condenado ao fracasso). Do Governo do Santana nada consta, o que é, afinal, o pior que se pode dizer de um Governo (embora se não ignore a conjura internacional montada para derrubar do poder o ‘menino guerreiro’!!!).
Sabe bem, de quando em vez, estarmos atentos às coisas boas que por cá se vão também fazendo – e não são só auto-estradas, embora estas também dêem muito jeito – e delas darmos pública nota. Da acção governativa às múltiplas formas de promoção associativa.
Pois então, para que conste.

Hoje, é o Dia Mundial da Dança …

E, assim, hoje, talvez e por isso, a CNB- Companhia Nacional de Bailado não “trabalha”; contra a vontade dos (seus) trabalhadores …

I n a u g u r a ç ã o …

Os “Contribuidores Residentes” declaram, formalmente e para os devidos efeitos, que este Blogue está oficialmente inaugurado.
Trata-se de um projecto colectivo e do que este Blogue possa vir a ser ignoramos tudo; só não sabemos se esta ignorância nos protege e/ou ameaça.
Entretanto, e porque de elementar justiça, um agradecimento público :
- ao meu Amigo Zé Sousa, que sacrificou a tarde de um Domingo para, em minha casa, nos ajudar a “entrar” no Blogger
- à Rita Gorgulho, pela “paciência” emprestada …

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Catilinária (2)

Uma Democracia formatada?

Em recente entrevista à SIC-N, Paulo Teixeira Pinto (ex-BCP) resumiu o pensamento dominante liberal, já denominado pensamento único, sobre o modo de fazer política, afirmando essencialmente : na gestão dos negócios do Estado, a direita apresenta-se mais competente e rigorosa, mas torna-se indispensável completar a sua acção com a perspectiva mais solidária que, em regra, caracteriza a esquerda.
Esta visão do problema é, de forma quase inconsciente, partilhada pela generalidade das pessoas. Insere-se na tendência actual de desvalorização da política em que as opções sociais se apresentam confinadas, por um lado às questões técnicas – do domínio dos especialistas – centradas, no essencial, em garantir a liberdade e promover a eficiência, o que se traduz em proporcionar as condições adequadas ao normal funcionamento do mercado para uma gestão eficiente da economia (leia-se, mercado); por outro às questões éticas – do âmbito da moral e da sensibilidade – no sentido de se minimizarem os efeitos mais gravosos resultantes da aplicação rigorosa e inevitável das soluções técnicas (éticas e não sociais, por se considerarem mais do âmbito da assistência do que dos direitos...). Quando muito, à política competiria o seu doseamento criterioso na realidade social, através de mecanismos e regras para condicionar e/ou reparar os excessos observados na sua aplicação concreta.
Até os referenciais conceitos de esquerda e direita se vêem reduzidos a duas siglas principais, social-democracia vs. liberalismo, a única verdadeira opção possível (chamam-lhe credível) nesta nossa democracia, o resto relegado para o pitoresco, para o adorno (sintomático, o berloque do ‘Contra’),...
Não é, pois, por acaso que nas sociedades mais fundamentalistas dos nossos dias, sejam elas de formação islâmica ou cristã, se valoriza de forma crescente, a par da competência do especialista, a sensibilidade assistencial que é apanágio, em regra, dos crentes e por eles especialmente cultivada.
Fundamentalismo cristão? Oops, que já meti o pé na poça...

Catilinária (1)

Quousque tandem Catilina, abutere patientia nostra?
A presente crise do PSD está a permitir um fervilhar de opiniões, acções e contradições como há muito não se via. É de lamber os dedos e chorar por mais:
▪ Ele é, à cabeça, o (ainda) líder que, em seu abono faz questão de afirmar que, sendo médico, ‘nunca matou pelas costas’ – o que é manifestamente pouco para o público esclarecimento que era devido sobre a parte do corpo do seu antecessor (o agora bem empregue Marques Mendes) em que desferiu o golpe fatal;
▪ Ele é o Jardim, esse mesmo, o único, o inimputável, o da Madeira, pairando, hirto e lerdo, sobre o pagode de comparsas em fervilhante e desvairada ebulição, sempre com a cabeça de fora a ver se espreita a ocasião, procurando, nos seus pícaros trejeitos, influenciar o bailinho dos acontecimentos;
▪ Ele é a plêiade dos notáveis, vulgo barões (desta droga de partido), acusando-se mutuamente de traição e das mais ignominiosas rasteiras;
▪ Ele são os inúmeros perfilados candidatos, já em pose presidencial, ansiosos, preparadíssimos, prontérrimos para abocanharem o apetecido lugar (mais vale ser presidente por uma hora, que barão por toda a vida...);
▪ Ele são, ainda, os aparentemente mais distanciados intelectuais (Pacheco Pereira acima de todos, que o ‘analista-Rogeiro-com-lugar-cativo-na-ribalta’ considera ter apenas capacidade, vá lá, para disputar a junta da Marmeleira) e que, de um modo geral, sempre manifestaram reservas ou até oposição à solução que agora implodiu;
▪ Ele são, até, os ‘blasfemos’, gente fixe, ‘porreiraça pá’, a fina flor dos liberais convictos, indefectíveis do mercado (o do ‘laissez-faire’ genuíno), atarantados, é certo, perante tamanho desconchavo partidário, vendo destroçada, num ápice, a ‘cavalgada heróica’ do Meneses rumo ao liberalismo, esse supremo nirvana de uns quantos;
▪ Ele são, enfim, os opinativos comentadores – os encartados de sempre e os de última hora, que o momentoso assunto a todos alimenta – gulosos de tão apetecido pitéu, babados por produzirem análises de fina argúcia e predições de certeiras ocorrências.
Para além da vozearia e no centro da tormenta, como sempre, a disputa do centro político, o denominado ‘centrão’, cujo controle permite sustentar a pandilha clientelar dos partidos que se diz constituírem o ‘arco do poder’. Curiosa designação, talvez volte a ela noutra altura. Por ora registo apenas a causa apontada para este mais que previsível desfecho imprevisto: o PS teria ocupado todo o ‘centro’, ou dito de modo mais alarve mas bem mais expressivo, abocanhou o ‘centrão’ só para ele, fazendo entrar em crise permanente os restantes partidos... do ‘arco do poder’. O que afasta do poder, ‘tout court’ e desde logo, os partidos à sua esquerda, gente perigosa, pouco credível e nada civilizada.
Daí que, tanto o esganiçado Portas, quanto sobretudo o saltitante Meneses (no duplo sentido: em termos de ideias e de lugares, o certo é que homem não pára quieto), se tenham visto à brocha para acalmar as respectivas hostes, sequiosas das tradicionais prebendas e sinecuras. Com o Portas em risco de passar do táxi para a lambreta, ao Meneses, avisado, não restava senão o shakespeariano gesto de gritar traição e bater com a porta.
Até quando este periódico espectáculo de zangas de comadres continuará a exibir-se despudoradamente, provocando a nossa passividade, mas sobretudo apoucando esta frágil e pouco mais que formal democracia (ainda assim indispensável)? Até onde os (nos) poderá conduzir o sentimento de impunidade que assumem tão descaradamente?
Afinal, quando é que daremos a devida sequência lógica à milenar mas actualíssima catilinária de Cícero, substituindo-a (mui respeitosamente, pois claro) por estás aqui estás a levar um pontapé no traseiro?


Nem tudo são "cardos"

Neste fim de semana que acabou, utilizado por várias pessoas para descansar, eu fui até à Caldas de Monchique apreciar um fim de semana diferente.
Nas antigas termas, agora rodeadas de variadíssimos Hotéis, casas de artesanato e outras fontes de lazer, existe um SPA com possibilidades únicas. Lá pode-se ter acesso a vários programas que se compõem de ginásio, massagens várias, duches de jacto, piscina de “bolhas”, banhos turcos e saunas.
Enfim, uma maneira diferente de encarar a vida e compensar as semanas de stress e trabalho duro.
Com 200 Euros, por pessoa pode aceder-se a tudo isto, durante 2 dias e ainda meia pensão. Com mais uns trocos almoça-se uma sopa ou uma salada para que se possa estar o dia inteiro na piscina, intervalando com as massagens e as outras actividades do programa.
O serviço é muito bom e as pessoas que estão a representar esta Empresa de Turismo e Serviços são muitíssimo profissionais.
Faz bem ao nosso ego estar em Portugal e usufruir destas facilidades que muita gente procura no estrangeiro, porque “cá não devem existir”.
O regresso foi penoso, com muita gente na estrada, nervosa e pouca cívica. Ultrapassagens perigosas e velocidades exageradas que, para nós que vinhamos de um repouso merecido e absorvido, nos escandalizava. Chegámos vivos o que, às vezes, é uma lotaria.
Para os que aproveitarem esta alternativa, numa próxima oportunidade, bom fim de semana ou boas férias.
Lebasi Mendes

domingo, 27 de abril de 2008

P.S. Dê ?..

Aceitam-se apostas :
Quantos Candidatos tem, por enquanto, o P.S. Dê ?..
a) Um
b) Dois
c) Três
d) Quatro
e) Dois em Um

sábado, 26 de abril de 2008

`Açoriano Oriental`, uma justa homenagem …

O ‘Açoriano Oriental` - da (minha) Ilha de S. Miguel – foi fundado em 1835 sendo, assim, o mais antigo jornal português. Vai ser agraciado, por decisão unânime da Assembleia Regional dos Açores, com as Insígnias Honorificas Açorianas. A cerimónia está agendada para 12 de Maio, dia da Comemoração do Dia da Região que, este ano, decorrerá na Ilha de S. Jorge.
A todos quanto, ao longo de todos estes anos e todos os dias, fizeram e fazem o jornal “acontecer”, os (meus) votos sinceros das maiores felicidades e longa, longa Vida.

O discurso de Abril que (eu) subscrevo …



Enquanto, em casa, (re)vejo na RTP1 a “Gala às Vozes de Abril”, à qual tive o privilegio de ter assistido no Coliseu, tomo a liberdade de “postar” o discurso que, trinta e quatro anos depois de ABRIL, (eu) subscrevo :
I Parte :
http://br.youtube.com/watch?v=BtjmDfoHDxU
II Parte :
http://br.youtube.com/watch?v=KcaZNOdXm9A

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Cavaco Silva, e a ignorância (dos jovens)…

Vi e ouvi, com muita atenção, o discurso do Presidente da República na sessão comemorativa do 25 de Abril; trinta e quatro anos depois de Abril.
E, para além das banalidades de circunstância que a circunstância naturalmente exigia ( o pleonasmo é, mesmo, propositado ) e que são, sempre e de resto, costumeiras em qualquer discurso de Cavaco Silva, deu-lhe, desta feita, para divulgar extractos de um estudo que mandou realizar junto da Universidade Católica sobre o alheamento da juventude face à politica.
Disse, a este propósito, Cavaco Silva :
“ Os mais novos, sobretudo, quando interrogados sobre o que sucedeu em 25 de Abril de 1974 produzem afirmações que surpreendem pela ignorância de quem foram os principais protagonistas, pelo total alheamento relativamente ao que era viver num regime autoritário ``
Sinceramente, não me espanta que Cavaco Silva não perceba (?) e se mostre tão impressionado (?) « com a ignorância de muitos jovens sobre o 25 de Abril » e, ainda, « com uma notória insatisfação dos portugueses com o funcionamento da democracia ».
Pudera !!!
Cavaco Silva ainda não conseguiu perceber - e, sinceramente, duvido que venha, mesmo, a perceber – tal como afirmou Francisco Louçã, no final da sessão solene na Assembleia da Republica, que : “ na vida, na cultura, na politica o que é preciso é falar claro”
Cavaco Silva, hoje e na Assembleia da Republica, teceu alguns comentários sobre os critérios da democracia. Só é pena que, e a quando da sua mui recente visita à Madeira, se tenha esquecido (?) – tal como a circunstância, e em meu entender, o exigia – de ser exigente, rigoroso para com a Democracia.
Pelo contrário, lá como cá, Cavaco Silva continua a vender ilusões como critério para a Democracia.
Estou, no entanto e para que conste, e tão só num certo sentido ( faço questão de sublinhar que : tão só e num certo sentido ), em sintonia com Cavaco :
"num certo sentido, o 25 de Abril continua por realizar".

25 de ABRIL, SEMPRE !..




A minha homenagem ao 25 de Abril ...

Clique em :

http://br.youtube.com/watch?v=PBK7bd3UYow


25 de Abril

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.

( Sophia de Mello Breyner Andresen )

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Portugal

Agora, neste momento, o Mundo não me interessa. Portugal é o tema e a minha preocupação. Vejo, todos os dias, os rostos desiludidos e tristes dos Portugueses. A maioria! Já não distinguem, como eu, porque falo com alguns deles, se o que «Eles» dizem é verdade ou mentira.
E o que se passa é que vivemos todos no meio e à volta da confusão e que grande confusão.
Todos sabemos como o grande filósofo que quanto mais soubermos, no final, o resultado é talvez o mesmo de nada. Abaixo a confusão!
Tem que haver soluções!
Os Portugueses não podem nem devem continuar desse jeito e apáticos. Vamos lá a ver se nos erguemos todos e fazemos de Portugal um País das maravilhas e um conto de fadas para os nossos filhos e os nossos netos.
Tenho dito.

Convite


quarta-feira, 23 de abril de 2008

A Fome no Mundo, o “Tsunami Silencioso”

Em Londres, numa cimeira sobre os preços dos produtos alimentares, para lançar as bases de um plano internacional de acção, cujas conclusões, em Junho, deverão ser apresentadas no encontro dos chefes de Estado e de governo da União Europeia e, em Julho, aos membros do G8 - EUA, Japão, Alemanha, Reúno Unido, França Itália e Canadá – mais a Rússia ), foram revelados indicadores arrepiantes.
Josette Sheeran, Directora do Programa Alimentar Mundial (PAM), advertiu que :
“a subida do preço dos produtos alimentares constitui o maior desafio da história, um «tsunami silencioso» que pode ameaçar de fome dezenas de milhões de pessoas; é o novo rosto da fome : milhões de pessoas não estavam nesta situação, há seis meses e, agora, têm tinham necessidades urgentes e hoje fazem parte deste grupo “.
A Directora do PAM limitou-se, de resto, a confirmar as conclusões do Banco Mundial, que considera que : “ a duplicação dos preços alimentares nos últimos três anos pode agravar a pobreza de, pelo menos, 100 milhões de africanos “.

É, no mínimo, aterrador mas, e ainda assim, não é objecto de noticia(s); cá, pelo burgo, é muito mais importante (?), claro, as diatribes do PSD ou, então, o 2º lugar da 1ª. liga de futebol…

Hoje, é o Dia Mundial do Livro …


Assim, e associando-me à efeméride, tomo a liberdade de vos oferecer a “VIRUS”.
Ora, o que é a “VIRUS” ?
A “Vírus” é uma nova revista de reflexão politica e ideológica , promovida pelo BE, cujo segundo número dá, agora, à estampa …
Na Net, dado tratar-se de uma publicação exclusivamente on-line, cujo conteúdo ( os biocombustíveis, as privatizações, o trabalho e a globalização, os cinco anos de guerra do Iraque, o resgate de Maio de 68 e uma polémica com John Holloway sobre a luta do direito ao emprego ) pode ser lido aqui :
Leia a revista completa aqui (em pdf), ou navegue na página da Vírus.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Vamos tirar a letra "P" do abecedário. Entre Petróleo, PSD e Política, nada mais é notícia neste País além de, é claro, o Futebol ( mas este não se escreve com "P").

Hoje, no dia Mundial de Terra, em que todos nos deveríamos preocupar com o caminho que este planeta vai seguindo, pela nossa mão, até ao "abismo", veja-se a pouca importância que se lhe deu.

Tudo é notícia desde os "apitos amarelos" até aos jogadores que não recebem ordenados há um ou dois meses, mas fazer um exame de consciência individual ou colectivo sobre o futuro da raça humana neste planeta, isso é que não dá jeito.

Vamos lá deixar os carros em casa e andar de transportes públicos, ou a pé, ou de burro (já que cá temos tantos), ou de trotinete ... O planeta agradece, principalmente se muitos se mobilizarem como se mobilizam para fazer greves, manifestações, e outros ajuntamentos sérios e necessários.

Convém sermos criativos porque um destes dias vamos mesmo todos andar no "cangote" de um qualquer animal que nos possa servir de transporte.

Lebasi Mendes

Hoje, é o Dia Mundial da Terra


O Século XXI será, estou certo, dominado pela preocupação ambiental e pela procura, do ponto de vista do debate politico, da preservação da Natureza.
E, é urgente, muito urgente que assim seja por forma a reverter as consequências que um inadequado comportamento humano produz no Planeta.
Assim, e por forma a comemorarmos este Dia Mundial do Planeta, associamo-nos à InfoNature e oferecemos-lhe “A História das Coisas” ( The Story of Stuff, de Annie Leonard ); trata-se de um vídeo, com 21’ e 19 ‘’, que merece, de todos e cada um(a) de nós, uma atenção, muito mais que atenta : http://video.google.com/videoplay?docid=-3412294239230716755&hl=en

Nick Cave e "The Bad Seeds" ...

Um ponto prévio, assim como a jeito de declaração de interesses : sou, e desde sempre, um fã de/do Nick Cave.
Assim, e por isso, em Outubro do ano passado, lá havia comprado os respectivos bilhetes para, ontem, poder estar, com a minha filha, no Concerto do Coliseu, cuja lotação estava, de há muito e naturalmente, esgotada.
Confesso que estava algo expectante, porquanto no seu último álbum, “DIG!!!Lazarus DIG!!!”, o Nick enveredava por um estilo muito mais “roqueiro”, entremeado, é certo e aqui e acolá, com um registo mais “baladeiro”, como são os casos de “Moonland”, de”Hold on to Yourself”, e, sobretudo, de “Jesus of the Moon”.
Afinal, e pese a mudança de estilo, Nick Cave continua imparável. Continua, ainda e pese os 50 anos, a ser irónico e muito provocatório. Enfim, continua ser um autêntico animal de palco e os “Bad Seeds” uma portentosa banda, cujos músicos são, todos eles e sem excepção, de qualidade impar.
E não fora o facto de, e já nos “encores”, ter saltado finalmente para o piano ( o “habitat” ao qual nos havia habituado; neste concerto, pelo contrário, só emprestou a voz e toucou viola ) e, em perfeita harmonia e muita cumplicidade com todo o publico do Coliseu, terminou com o “Oh My Lord”, não (me) teria, então, recordado do todo o trabalho discográfico do Nick, e gostando, naturalmente, do “DIG!!!LazarusDIG!!!, o seu ultimo álbum, continuo, ainda e assim, a preferir “Abattoir Blues”, “The Lyre of Orpheus”, “Murder Ballads” e, sobretudo, o álbum editado em 2001, “No More Shall We Part”.
Agora, resta-me esperar pelo próximo trabalho do Nick, alimentando o desejo muito sincero, assim como uma secreta esperança que, este, possa ser com uma base “acústica” .
Nick, até sempre … e obrigado!..

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Nota de teste

Desculpem o atraso mas tem de haver sempre uma ovelha tresmalhada no rebanho ( no bom sentido).
Desde já felicito todos os elementos deste projecto esperando que tudo dê para o " direito ".
Como se trata de um teste não vou gastar pólvora com defuntos.
Gloriosas saudações bloguísticas.
VRM

1,2,3, experiência...


Ora vamos lá a ver se é desta. Como de costume, logo à primeira a máquina embirrou comigo (está fora de causa ter sido eu a embirrar com ela). E como não sei o que isto vai dar, fico-me mesmo por aqui...

Teste I

Do que este Blogue pode vir a ser, ignoro/ignoramos tudo; eu, e pela minha parte, só não sei se esta ignorância me/nos protege e/ou ameaça…
Ora, e ainda em fase de teste(s), vamos lá a ver se “isto” funciona : http://www.youtube.com/watch?v=X9nnXw_6WQs&eurl

Nota de Boas Vindas

No dia seguinte a várias "desgraças" futebolísticas, tanto na vertente perda como na vertente vitória, o que me apetece é enaltecer este meio de comunicação que acabou de nascer para nós.

Nunca me passou pela cabeça vir a ter alguma participação nestas "esferas" bloguísticas mas, como quando nasce uma criança é preciso festejar, aqui vão os meus parabéns por mais um nascimento.

Futurizo muitas sessões animadas de discussão e muitos "bicos" para limar.

Parabéns a todos os que contribuem e irão contribuir para que muitos partilhem estas linhas.

Lebasi Mendes

domingo, 20 de abril de 2008

Teste 0


Um, dois, três ... experiência !..