segunda-feira, 30 de junho de 2008

“Sócrates : o menino de Ouro do PS” - emoção e afectividade; quanta ternura no lançamento do livro …

Sócrates/biografia: Dias Loureiro diz-se "emocionado" com "afectividade" do primeiro-ministro

Hoje, houve lugar ao lançamento do livro/biografia “Sócrates: o menino de ouro do PS”, cuja apresentação esteve a cargo de duas “eminências”: António Vitorino, do PS e Dias Loureiro, ex-secretário geral do PSD, ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, ex-ministro da Administração Interna ( nos tempos do cavaquismo ); ex-presidente da mesa do congresso do PSD, actual Conselheiro de Estado e homem de negócios, de muitos e variados negócios.
Dias Loureiro, às tantas e na sua dissertação, afirmou, provavelmente com muito conhecimento de causa, que :
"Só quem está atento aos detalhes pode fazer grandes coisas”
Pois, quão interessante não seria dar à “estampa” um livro com a obra deste (outro) autêntico “Senhor de Ouro dos Negócios”, outrora “menino de ouro”, nos/dos tempos Cavaquistas.

Oh ... Jaiminho, porque não te calas ?.. Já que, no que respeita a Marcelo estamos "conversados"...

Ao que parece, Marcelo Rebelo Sousa ter-se-á referido a Jaime Silva, actual ministro da agricultura, como «O maior incompetente»
Por sua vez, Jaime Silva, ainda e agora ministro - até quando ? - retorquiu que :
Marcelo tem «problema de honestidade intelectual»

domingo, 29 de junho de 2008

Porque fui na Marcha LGBT ?

Ontem, participei/desfilei na Marcha LGBT. Fi-lo, com gosto e convicção. Enquanto membro do SOS-Racismo e porque quero ser/estar solidário com tod@s aquel@s que são discriminados.
Entretanto, e para memória futura, eis a intervenção do Carlos Alvarenga, em representação do SOS Racismo, proferida no final da Marcha :

Porque viemos à Marcha?

Porque o SOS Racismo é uma organização que acredita que o mundo justo é aquele que promove a igualdade de oportunidades para todos e todas ao mesmo tempo que assegura todas as expressões da diversidade individual e colectiva, e isso inclui, obviamente, o direito à liberdade das orientações sexuais e afectivas.
Porque o SOS Racismo acredita que o combate à discriminação se faz no plural, e que toda a luta pela promoção da igualdade é, e deve ser, a luta de todas as organizações que participam do Movimento Social Português.
Porque o SOS Racismo acredita que a marcha é antes de tudo um compromisso com a democracia, um exercício de cidadania em respeito à dignidade humana, além de um posição inequívoca em relação às discriminações que minorizam e marginalizam grupos.
Porque o SOS Racismo entende que há muitas formas, e cada vez mais perversas, de humilhação, de criação de estereótipos, de marginalização e segregação de homens e mulheres por causa de suas origens étnicas, orientação sexual, religião e cultura. E na Europa Fortaleza de hoje, redefine-se de forma institucionalizada em Bruxelas, a criminalização da imigração. Estamos aqui por uma Europa de liberdade sexual, de liberdade de circulação para todo e todas, por uma Europa sem cidadãos de segunda categoria!
Porque nós, no SOS Racismo, somos todos e todas homens e mulheres, gays, lésbicas, transgéneros, bissexuais, heterossexuais, negros e negras, ciganos e ciganas, nativos e imigrantes, velhos e novos, e acreditamos que sim, que um outro mundo é possível quando se tem no horizonte a possibilidade da igualdade.
Carlos Alvarenga - SOS Racismo

sábado, 28 de junho de 2008

U f f !!!

Disparos em Portimão tratou-se de «brincadeira de mau gosto», diz... a senhora Governadora Civil de Faro, enquanto que o Presidente da Câmara de Portimão atribui a índividuos que costumam disparar contra sinais de trânsito

[ PS1 - porém, aquando dos disparos, o "menino de ouro do PS" já estava a repousar no Hotel, mui provavelmente de 5 estrelas...]
[ PS2 - seria interessante saber se as despesas da estada de José Sócrates no Algarve foram custeadas enquanto secretário geral e/ou primeiro ministro; é que a "nuance" pode(rá) fazer alguma(s) diferença(s) ...]

Tão incompreendido que é o senhor CEO da Galp ... tadinho !!!

Hoje : Dia da Marcha LGBT

Eu, vou lá estar porque quero ser/estar solidário com tod@s aquel@s que são descriminados; porque, afinal, é disso que se trata ...
(leia o folheto)

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Bem, por enquanto são (só) sondagens ...

PS - 35,2 %
PSD - 30,8 %
BE - 12,3 %
CDU - 11,1 %
CDS - 6,7 %
Segundo o barómetro político Marktest são, por enquanto e só, intenções de voto ...

Uma (outra) Verdade Inconveniente

A Oxfam, uma organização não-governamental dedicada ao combate à pobreza no mundo, divulgou um relatório, «Another Inconvenient Truth», no qual diz que a substituição de combustíveis tradicionais por biocombustíveis levaram mais de 30 milhões de pessoas à pobreza e em nada contribuem para combater as alterações climáticas. Segundo o documento, as chamadas «políticas verdes« dos países desenvolvidos contribuirão para o aumento dos preços dos alimentos, o que atinge mais os pobres. O texto cita dado do Banco Mundial, que estima que o preço dos alimentos subiu 83 por cento nos últimos três anos.
O relatório da Oxfam crítica os subsídios e incentivos fiscais concedidos por países ricos para apoiar sua própria produção de biocombustível. Os países ricos gastaram cerca de 15 mil milhões de dólares no ano passado para apoiar a produção de biocombustíveis ao mesmo tempo em que impedem a entrada do etanol brasileiro, que é mais barato e que é muito menos prejudicial para a segurança alimentar global e para o meio ambiente, afirma este relatório. Este é o mesmo montante, segundo a Oxfam, necessários para ajudar os pobres a enfrentarem a crise de alimentos.
Para a Oxfam o etanol brasileiro é o mais favorável biocombustível do mundo. O relatório afirma que:
«Embora a produção de etanol brasileiro esteja longe de ser perfeita e apresente vários problemas sociais e de sustentabilidade ambiental, este é o mais favorável biocombustível no mundo em termos de custo e equilíbrio de gases do efeito estufa». O documento inclui uma comparação com o biocombustível proveniente do milho produzido nos EUA, dizendo que sua produção é muito dependente de combustíveis fósseis, representando «um dos piores» equilíbrios entre gases do efeito estufa e uso de energia. O relatório pede ainda à União Europeia que cancele a meta de fazer com que 10 por cento dos transportes usem biocombustíveis até 2020. A Oxfam estima que a meta da UE pode multiplicar as emissões de carbono 70 vezes até 2020.
(Via : Notas ao Café/O Globo )

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Transgénicos: sim ou não ?

27 de Junho / Sexta-Feira / 18h
Os Bacalhoeiros - R. dos Bacalhoeiros, 125, Lisboa
Com a participação de:
Jorge Nascimento Fernandes (biólogo);
Paula Tavares (bióloga);
Fernando Ramalho (moderador).
( Iniciativa integrada no lançamento do Atlas do Ambiente do Le Monde Diplomatique )

quarta-feira, 25 de junho de 2008

terça-feira, 24 de junho de 2008

Vale e Azevedo : o “bobo” e/ou o único “troféu” da justiça portuguesa ?..

Vale e Azevedo está, de novo e por via da comunicação social, na ordem do dia.
Lê-se, nos jornais, que habita numa luxuosa “mansão” e desloca-se num Bentley com motorista. Em Londres.
Há oito anos que Vale e Azevedo “anda” a ser julgado. Cumpriu seis anos de prisão. De cadeia; atrás das grades.
Vale e Azevedo, até parece que, por toda essa Comunicação Social (nos) é apresentado como um herói. Não como um bandido.
O problema, o grande problema é que Vale e Azevedo é exibido como praticamente o único “troféu” da justiça portuguesa nos/dos negócios de “colarinho branco”.
Repito : o único “troféu” da justiça portuguesa.
Bem se esfalfa Sua Excelência o Senhor Procurador Geral da Republica a explicar, ao país, que “tudo e todos são investigados em Portugal”.
É verdade. Sabe-se, lê-se nos jornais e ouve-se nas Tvs que Bancos, Comendadores, Operações Furacão estão em curso.
Porém, todavia, contudo não há quaisquer consequências.
Pelo menos não se “vê” resultados.
Não se “vislumbra” que um qualquer “colarinho branco” à excepção, claro, de Vale e Azevedo, haja sido condenado; que tenha sido, tal qual Vale e Azevedo, preso.
Ninguém, pelo menos, que se saiba. Ninguém que a Comunicação Social tenha, pelo menos, publicitado.
A safadeza é condenável, venha de onde vier, e toda ela, a safadeza, merece censura e, assim e por isso, acho que todos os criminosos, depois de devidamente julgados, devem pagar pelos seus actos.
Porém, e em Portugal, não se “vê”, não se “sente” que a justiça esteja realmente a funcionar.
Pelo menos, e enquanto cidadão, é legitimo que me interrogue, que me preocupe e que exija que a justiça, no meu País, possa funcionar por forma a que não aconteça que "uns ladrões roubam e são enforcados; outros roubam e enforcam" como refere o Padre António Vieira no Sermão do Bom Ladrão.
Enfim, toda esta “cena” com Vale e Azevedo é, infelizmente e em meu entender, uma derrota da/para a Justiça Portuguesa

Para que a Mentira não tome conta da Verdade !..

Manuel Loff, historiador e professor de História Contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, acaba de lançar um livro intitulado “ O Nosso Século é Fascista ! – O mundo visto por Salazar e Franco”, onde analisa as ditaduras Ibéricas.
Neste livro, Manuel Loff sustenta que “ é claro que houve fascismo em Portugal e que o salazarismo foi a adequação que as direitas portuguesas fizeram de um modelo fascista à conjuntura portuguesa”
Ora, numa altura em que uns “artistas”, e numa clara tentativa de/do branqueamento do regime fascista de Salazar, tentam lançar a confusão quanto ao modelo político, social, cultural e económico seguido por Salazar é importante, muito importante o aparecimento deste livro.
Manuel Loff, (em)presta, assim, um excelente contributo para que, afinal e no “tempo” da ditadura fascista de Salazar, a Mentira não tome conta da Verdade.
Leia, a este propósito, aqui uma entrevista de Manuel Loff ao DN.

Congresso Feminista : dias 26, 27 e 28 de Junho

( Ver Programa aqui )

segunda-feira, 23 de junho de 2008

E, nós, por cá ?..

Bruxelas adoptou o programa Bruxellair para combater a poluição do ar e o tráfego, encorajando os automobilistas a renunciar à utilização do seu carro (entregando a matrícula) durante um ano em troca de um passe para todos os transportes públicos (incluindo bik-sharing e car-sharing) ou de uma bicicleta (de valor até 440 €). Existem também incentivos semelhantes para abater carros antigos. ( Via : Ecoblogue )
PS - nós, por cá, podemos ficar descansados (?) uma vez que :
o Governo está a elaborar Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas.
Mas, será que podemos, mesmo, ficar/estar descansados ?..

Hoje : apresentação do Livro de Clara Queiros "Um Retrato de Emma Goldman"

Dia 23 de Junho (segunda-feira), pelas 19 horas
Livraria Assírio & Alvim - Rua Passos Manuel, 67 B - Lisboa
Apresentação : Irene Pimentel
( Com 17 anos Emma Goldman emigrou com sua irmã mais velha, Helene, para Rochester, Nova Iorque, para morar com sua irmã, Lena. Lá trabalhou muitos anos na indústria têxtil e em 1887 casou-se com um colega de trabalho, Jacob Kersner.O enforcamento de quatro anarquistas depois da Revolta de Haymarket levou Goldman à militância e a conhecer outra proeminente figura do anarca-feminismo, Voltairine de Cleyre. Com vinte anos ela torna-se uma revolucionária. Abriu mão de seu casamento e família, viajou para New Haven, CT, e depois para a cidade de Nova Iorque.Goldman e Kersner mantiveram-se legalmente casados garantindo a ela sua cidadania estado unidense.) http://pt.wikipedia.org/wiki/Emma_Goldman

domingo, 22 de junho de 2008

Porquê tanta distracção ?..

Número de refugiados ambientais pode atingir os 50 milhões em 2010
Um relatório do Alto Comissário da ONU para os Refugiados, lançado no Dia Internacional dos Refugiados, refere que os conflitos, as alterações climáticas e o aumento do preço dos alimentos são alguns dos factores que lideram o aumento das deslocações globais para 11,4 milhões de pessoas, contra as 9,9 milhões do ano passado.

sábado, 21 de junho de 2008

(RE)VOTAR e/ou REVOTAR ?..

(Sugestão para as perguntas a colocar aos Irlandeses em caso de REVOTAÇÃO)

Ainda e a propósito do fracasso do “SIM” ao Tratado de Lisboa, por parte dos “ingratos” Irlandeses, alguns ilustres dirigentes europeus… e não só - qual iluminarias e, acrescente-se, de forma muito, muito “democrática” – já (re)inventaram uma nova palavra : REVOTAR
O problema, penso eu, é saber se estes políticos europeus … e não só, têm consciência que (re)votar, de novo, o Tratado de Lisboa chega, que mais não fora do ponto de vista da d-e-m-o-c-r-a-c-i-a, para o anular ?

O ‘Estado’ dos pobrezinhos

Recupero aqui, dado o interesse do tema e as referências recentes ao mesmo, um excerto de uma entrevista já com algumas semanas ao psiquiatra Luís Gamito, no DN. A propósito do uso de antidepressivos e do efeito placebo na medicação, o entrevistado responde assim à questão sobre se ‘a doença também se cria’:
Há uns anos, uma comunicação num simpósio tinha como título A produção regular de doenças pelas faculdades de medicina, sendo que quem induz nas faculdades a necessidade de criar doenças é a indústria farmacêutica. ‘Tenho aqui uma coisa que é boa para isto e para aquilo’, logo, arranjem aí uma doença que tenha isto e aquilo. Já o paludismo é complicado, há pouca investigação porque quem deveria comprar medicamentos para o paludismo não tem dinheiro para os comprar, não vale a pena uma multinacional estar a investir numa coisa para pobrezinhos.

Naturalmente estamos cansados de saber que as empresas, multinacionais ou não, só investem, ao longo de toda a cadeia produtiva, desde a investigação à industrialização, em produtos que lhes proporcionem rentabilidade assegurada. Nada mais óbvio de acordo com a lógica do sistema. Nem sequer nos passa pela cabeça ser de outro modo, as empresas são criadas para terem lucro, só justificam a sua existência se o conseguirem de uma forma sustentada e contínua. Caso contrário, vão à falência e desaparecem.

Mas então porque é que, no caso do paludismo (e de tantas outras endemias e demais anomalias...), sentimos uma certa incomodidade, um desconforto pela nossa impotência perante a condenação à morte de tantos milhares em nome do lucro? Pelo menos dá que pensar, não dá?
Claro, há sempre o recurso ao Estado para colmatar as designadas ‘falhas do mercado’. E aí aparece outra polémica: até onde deve (ou pode – depende do lugar e do nível da ‘polémica’) ir a ‘protecção’ do Estado?
Quando conseguiremos sair deste aparente círculo vicioso?

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Depois de ontém...

Eis-me, então e futebolisticamente falando, de volta àquilo que verdadeiramente me interessa e apaixona : o Glorioso.
( http://www.slbenfica.pt/ )

Aumento do Preço da Cerveja nos Açores : uma boa e/ou uma má notícia ?..

O preço das cervejas poderá aumentar nos Açores, quando entrar em vigor uma eco-taxa aprovada quinta-feira na Assembleia Regional, que irá incidir sobre as garrafas não reutilizáveis. Ler Mais...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Eu, por mim, prefiro o “ditador” Chavez ao “democrata” Bush ...

Ontem, com muito interesse e atenção, assisti à entrevista de Mário Soares a Hugo Chavez.
Fiquei, então, e caso (me) subsistissem dúvidas, a perceber mais e melhor das razões pelas quais prefiro o “ditador” Chavez ao “democrata” Bush.
Por cá, vão continuar a chamar-lhe de ditador; pese o facto como, de resto, foi lembrado por Mário Soares : “ter sido eleito por uma esmagadora maioria, em eleições internacionalmente fiscalizadas e consideradas genuínas por todos os observadores”
Espantou-me a matriz cultural de Hugo Chavez e, para mim, ficou claro, muito claro das razões pelas quais Bush e os “bushistas” detestam este “ditador” .
Acho, mui sinceramente que a Esquerda em Portugal, e também aquela a que pertenço, ao invés de, por vezes, levianamente “falar” da Revolução Venezuelana deveria, outrossim e com “olhos de ver”, debruçar-se com mais rigor e muito mais atenção às transformações que se estão a operar na Venezuela.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

VERGONHA : Directiva do Retorno aprovada pelo Parlamento Europeu

Com 197 votos contrários - esquerda, verdes e pouco mais de metade dos socialistas, acabou por passar, sem emendas, a directiva de retorno. Os 369 votos favoráveis vieram das direitas, do grupo liberal e ainda de socialistas. As 109 abstenções espelham bem a divisão de opiniões no interior do PSE, à luz do compromisso subscrito pelos respectivos governos.
Nem uma só emenda passou. Ler Mais
( Artigo de : Miguel Portas, via : Esquerda )

terça-feira, 17 de junho de 2008

Alerta, com ensinamentos ...

Ultimamente, Mário Soares tem surpreendido muito boa gente … pela positiva.
Hoje, no DN, presenteia-nos com um :
"ALERTA, COM ENSINAMENTOS"
«(...) a crise global não é só energética e alimentar - as duas que mais afectam os cidadãos comuns. É também política, financeira, económica, social e ambiental. Uma crise de civilização, estrutural, que teve o seu epicentro na América de Bush - que está a chegar ao fim do seu mandato - e que começa a repercutir-se na Europa e nomeadamente na nossa vizinha Espanha. Vai chegar cá. Ninguém tenha ilusões».
Só tenho pena, muita pena que Mário Soares, quando e enquanto no “activo”, não tenha sido, mesmo, tão lúcido, tão lúcido … quanto agora.

Verdades, justiça, corrupção

Ontem vi o Valentim na TV, a subir lentamente as escadas de um tribunal e ria sozinho. Ria de quê? Só podia ser dos papalvos que ainda acreditam que se pode fazer justiça. No Apito Dourado como na Casa Pia (continuo a pensar que os principais implicados não estão sequer a ser julgados...), na investigação sobre as eventuais fraudes no BCP ou em qualquer outro caso de corrupção ou viciação (de resultados ou comportamentos). No caso em apreço – Apito Dourado e Apito Final – em que está em causa apurar os justos vencedores, quer no desporto jogado, quer no desporto julgado, o que se conclui (após a intervenção da FIFA, da FPF, e de mais não sei quantas entidades) é que nem verdade desportiva, nem verdade jurídica (a famosa secretaria, na boca de alguns), por enquanto apenas mesmo e só (ou sempre?) a verdade imposta por esquemas ínvios – chamemo-lhe assim!!!

No riso do Valentim percebia-se o escárnio com que a marmanjada do País (deste ou de qualquer outro) olha para o Zé Pagode (e pagante, vai tudo dar ao mesmo), o desprezo que nutre pela plebe: eles sabem que dominam ‘isto’ a seu bel-prazer, tudo se encontra organizado para poderem sair impunes e incólumes das enrascadas em que se metem, recorrem a todos os expedientes e utilizam todos os meandros da lei para escaparem das tramóias que engendram. Mesmo que seja apenas por mera dilação dos seus efeitos. Por vezes, um ou outro mais inábil ou afoito (é preciso saber fazê-las...), cai na rede, aproveitando logo o poder mediático para legitimar o sistema. Estão a ver como isto até funciona, parecem dizer?
Enfim...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A caldeirada ...

Por enquanto, e da minha parte, nem mais um qualquer comentário sobre o apito dourado, final e/ou azul(ado); dado que, e para mim, importa(rá) mais, muito mais, a verdade dos factos do que a legalidade dos argumentos …

A propósito da exigência de um novo paradigma na organização das sociedades

O tema nunca perde actualidade e até parece gerar consenso. Todos defendem mais desenvolvimento, que a maioria – e o poder em geral – reduz a crescimento. Contudo, apostar em mais crescimento económico, hoje, implica um esforço tão desmedido sobre a natureza e o ambiente que o resultado, a breve prazo, será acentuarem-se ainda mais as já muito degradadas condições de existência na Terra.

Esta realidade impõe-se já com tal evidência que até sectores da corrente neoliberal (como o virtual candidato a líder do PSD, Neto da Silva), sem abdicarem da fé nas virtudes do mercado, percebem que, a manter-se a actual tendência predadora na utilização de recursos finitos, a vida na Terra vai tornar-se insustentável, a Humanidade pode caminhar para a sua extinção. A ideologia do crescimento contínuo, base inquestionável da actual Globalização Competitiva, conduzirá, afirmam, “ao esgotamento do Planeta”, pelo que deve “ser substituída por uma ideologia do crescimento possível, assente na maior eficiência ambiental, social e económica, por esta ordem de prioridades”.
Mas também esta alternativa – designada por ‘Desenvolvimento Sustentável’ – parece ter, há muito, perdido a sua oportunidade. O insuspeito J. Lovelock considera que ela incorre no mesmo erro do “laissez-faire”: a crença de que mais desenvolvimento é possível pelo menos ainda durante a 1ª metade deste século (não há limites para a inconsciência e o egoísmo!!!). Talvez o fosse, acrescenta, “há 200 anos, quando a alteração era lenta (...), mas agora é tarde de mais”.


Aconselharia, pois, o bom senso (se o bom senso aqui fosse a norma) que, em lugar de ‘desenvolvimento sustentado’ (que não abdica de mais crescimento económico), se falasse antes em ‘estabilização sustentada’, o que é, reconhece-se, uma impossibilidade prática, face às características de funcionamento do nosso insustentável ‘modo de vida ocidental’. Certo é que este insaciável desenvolvimento produtivista/consumista, assente no modelo hipercompetitivo e predador do mercado, já não tem mais condições para se regenerar. O crescimento ilimitado do mercado, imposto pela lógica do valor, choca-se com um mundo de recursos limitados: o mercado tende inevitavelmente para a sua própria autodestruição.

Resta saber o que (e quem) vai arrastar consigo nessa vertigem descontrolada. É por isso que se torna indispensável a construção de um novo paradigma de organização social (a partir da rejeição do actual paradigma mercantil), porventura baseado na sociedade do conhecimento e contando não só com a actual revolução informacional (que se tem demonstrado devastadora dos hábitos e costumes tradicionais), como sobretudo com uma revolução comportamental, de efeitos mais lentos mas mais decisivos que os da anterior.
Mas isso seria já o começo de uma outra história...

domingo, 15 de junho de 2008

Encontro Social Alternativo ao Petróleo

Entre os dias 29 de Junho e 3 de Julho vai-se realizar em Madrid a reunião trianual do Congresso Mundial do Petróleo, que inclui os principais países produtores e empresas petrolíferas. Os movimentos sociais madrilenos estão a articular uma resposta a esta reunião com a organização do Encontro Social Alternativo ao Petróleo (ESAP), que terá lugar entre 27 Junho e 3 de Julho, sob o lema "Não mais sangue por petróleo". Ler mais...
( Via : Ecoblogue )

sábado, 14 de junho de 2008

Concentração de imigrantes contra a directiva europeia da expulsão

Concentração de Imigrantes contra a Directiva Europeia da Expulsão
Lisboa, dia 14 de Junho - 15 horas
Largo de S.Domingos, em frente ao Memorial da Tolerância

(ao Rossio)
Ler a declaração

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Lixado, pá !..

"Não tenho pensado noutra coisa. O Tratado de Lisboa é absolutamente fundamental na minha carreira política "
( José Sócrates, no Parlamento )

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Ainda, Cavaco e o seu (dele) “dia da raça” …

Cavaco, pelos vistos, não está minimamente interessado em explicar a sua (dele) estranha (?) gaffe...
O estranho (?) silêncio de Cavaco quanto à explicação que, e em meu entender, deve ao País, não me surpreende; outrora, no tempo dos “Nove” Cantos de Camões, Cavaco nunca se enganava e muito raramente tinha dúvidas : lembram-se ?..
Agora, nos tempos que correm, Cavaco continua tão pragmático e culto que não consegue perceber que um disparate resolve-se, elimina-se … com esclarecimento(s).
Esclarecimento(s) que, por enquanto, Cavaco entende não emprestar ao País.
Está, naturalmente, no seu (dele) direito.
Não pode é, Cavaco, queixar-se, depois, de receber loas de gente tão “conveniente” quanto essa :
Nacionalistas afirmam que Dia da Raça não é ofensa

Porreiro, pá, se os Irlandeses votarem "NÃO"...

Hoje, os Irlandeses votam no Referendo ao Tratado de Lisboa .
Sorte a deles, a dos Irlandeses, já que, por cá, o governo, e em particular o "menino de ouro" do PS, ignorando uma promessa eleitoral decidiu não referendar o Tratado.
As últimas sondagens apontavam para um empate técnico quanto aos resultados do Referendo e, sinceramente, muito gostaria que os Irlandeses se decidissem pelo "NÃO".
Só que, infelizmente, sou Português. Mas que a vitória do "NÃO" seria porreira; lá isso seria : Porreiro, pá !..

quarta-feira, 11 de junho de 2008

As Alterações Climáticas : a existência de um novo paradigma

Em Julho de 2007, o meu Amigo José Sousa, publicou no seu Blogue "Futuro Comprometido" (http://futureatrisk.blogspot.com/), um excelente artigo sobre as Alterações Climáticas onde justifica e fundamenta a necessidade premente e urgente da existência de um novo paradigma em que a obsessão com a competitividade terá necessáriamente que dar lugar à cooperação.
Ora, com a devida vénia e devidamente autorizado pelo autor, gostariamos de partilhar esta interessante reflexão que, hoje e agora, e face à situação crítica em que vivemos, é mais que pertinente.

terça-feira, 10 de junho de 2008

65 (sessenta e cinco) horas semanais ?..

A União Europeia aprovou na madrugada desta terça-feira a extensão da semana de trabalho para além das 48 horas, um direito social consagrado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) há 91 anos.
Os ministros de Trabalho dos Vinte e Sete aprovaram, por maioria qualificada, a proposta da presidência eslovena que vai permitir a cada Estado-membro modificar a sua legislação para elevar a semana laboral de 48 horas até 60, em casos gerais, e até 65 para certos profissionais, como os médicos. Ler mais...

É possível uma alternativa ao mercado? (2)

O vírus do mercado: reguladores e retrovirais

Certo é que não existe ainda cura possível – nem para um nem para o outro. É certo também que, no caso da SIDA, existem os retrovirais, que adiam, por vezes indefinidamente, as consequências fatais da doença. No caso do mercado, o papel dos retrovirais é desempenhado pelos reguladores. Evitam os seus excessos, podem vir a ser até, com o seu desenvolvimento futuro, uma das alternativas possíveis à situação actual.
Mas aceitaremos viver toda a vida dependentes de retrovirais, sempre sob a ameaça de um desfecho imprevisível? Até porque, tal como no caso do vírus da SIDA, o mercado selvagem encontra sempre formas de ludibriar os reguladores. Como está a acontecer no petróleo, afinal.
Assim sendo, retoma-se a questão inicial: qual então a alternativa ao modelo de mercado e a sua viabilidade prática?
Não cabendo aqui o seu desenvolvimento, sempre se avançará que qualquer solução para os problemas levantados pelo mercado não passa apenas pela sua regulação mas pelo seu domínio, ou seja, pela capacidade que as sociedades conseguirem demonstrar em dotar a política dos instrumentos adequados de supremacia sobre a economia e não o contrário, como acontece hoje. Uma alternativa consistente não passa, pois, pelos reguladores: estes, tal como os retrovirais, apenas ajudam a aguentar/controlar a situação (a doença), dando tempo a que se encontre o antídoto ou vacina que permita ultrapassar de vez o problema.

A política actual – da direita à esquerda, diga-se – ao insistir apenas na via de regulação do mercado, de certo não está a ir pelo melhor caminho. É que isso significa a aceitação implícita, ao arrepio do que teoricamente todos apregoam, da supremacia do económico, por via do mercado, sobre o político. Sobretudo com as consequências concretas conhecidas e já referidas (de carácter social, ambiental, económico e político).

E sobretudo não se diga que esta questão é meramente teórica e muito abstracta.

É possível uma alternativa ao mercado? (1)

O vírus do mercado

Prometo não voltar ao mercado nos tempos mais próximos. Permitam-me apenas esclarecer uma ideia que pode ter ficado um pouco em suspenso nos 6 comentários feitos a propósito do encontro ‘Agora Aqui’.
A crítica ao mercado defronta-se, inevitavelmente, com a questão da sua alternativa. No entanto, falar de modelo alternativo ao mercado não é fácil nem muito consistente. Até pelo facto de ser impossível, de momento, identificar concretamente o seu centro de decisão.
O mercado, hoje, por efeito da globalização liberal e opção ideológica dos estados, transformou-se numa espécie tentacular à solta pelo planeta, de difícil caracterização e que escapa ao controle político (como devia acontecer se os princípios democráticos fossem a regra nas... democracias). Que, por definição (é esse o seu código genético e a justificação dos seus pressurosos defensores), serve sempre os fortes e poderosos – que a teoria identifica com os mais capazes – e prejudica os mais débeis e humildes – os menos dotados e capazes, portanto.
O que está a acontecer com a actual crise do petróleo é, deste ponto de vista, paradigmático. Quando se pergunta de quem é a responsabilidade por esta imparável escalada dos preços (muito para além do que algumas causas objectivas podem explicar), a resposta parece simples: é a especulação. Mas quando se pretende concretizar a resposta, o caso muda de figura: onde é que estão os especuladores, quem os identifica? Os próprios EUA, principais mentores deste sistema, declaram-se impotentes para a controlar. A criatura foge ao controle do criador. Frankenstein anda à solta e cada vez mais poderoso...

A melhor imagem que me ocorre para tentar explicar o que o mercado me sugere é a que o equipara a um vírus (Samir Amin designa-o por ‘O vírus liberal’, título de uma obra sua). Foi-se desenvolvendo por oposição à realidade social, em selectas e bem financiadas tertúlias filosóficas (como a Societé Mont-Pèlerin), vertidas em prosélitas teorias entoando loas à liberdade (concorrência perfeita e equilíbrio geral por um lado, regulação espontânea e ordem amadurecida por outro), tomou conta das pessoas, infiltrou-se nos hábitos, entranhou-se nos comportamentos e agora é extremamente difícil vermo-nos livres dele. Não só porque nenhuma daquelas teorias tem expressão na realidade concreta, mas sobretudo pelos efeitos catastróficos que estamos a suportar na sequência da sua imprudente aplicação. Apenas sabemos que mata, que por este caminho nos vai levar à destruição, mas não dispomos do antídoto para o eliminarmos.
Uma vez que pode estar em causa a manutenção do nosso estilo de vida, quem verdadeiramente estará disposto a prescindir dele, por mais modesto que este seja? Quem admite, por exemplo, prescindir do automóvel, esse supremo símbolo de toda uma civilização, ou de outra regalias semelhantes, em nome de um futuro sustentável? A menos que a isso sejam forçados, pelas catástrofes naturais cada vez mais prováveis ou por quaisquer políticas de cariz mais autoritário (hoje difíceis de aceitar ou mesmo imaginar), seguramente ninguém parece disposto a abdicar das suas pequenas comodidades.
Tal como no vírus da SIDA, sabe-se que mata, mas estarão as denominadas classes de risco dispostas a renunciar ao seu estilo de vida e aos prazeres associados para o evitar?
(...)

10 de Junho : é dia quê ?..

Então, o staff do senhor Presidente da Republica não sabe (?) e não explicou a Sua Excelência que o 10 de Junho, era/foi Dia da “Raça” no tempo do fascismo; um “tempo” que Cavaco Silva, de facto, não “vivenciou” … mesmo.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

M, de Miopia ...

Miopia : anomalia da refracção ocular que impede a visão nítida à distância.
Diz-se que os míopes são aqueles que não podem ver ao longe; mas, há quem seja incapaz de ver ao perto, até quando tem tudo à sua frente.
E há, ainda, os que não são míopes dos olhos, mas do espírito.
E há, finalmente, aqueles que vêem só o seu umbigo.
Se para uns há uma intervenção cirúrgica capaz de corrigir o defeito, para os outros nenhum bisturi nem laser conseguirá interromper a cegueira.
( Com a devida vénia, via : Mukandas )

FAO - Movimentos Sociais Decepcionados...

Cerca de 900 representantes internacionais de camponeses, pescadores, pastores e povos indígenas e ainda ONG expressaram a sua decepção pelos escassos resultados da Conferência sobre Segurança Alimentar da ONU em Roma. Durante o mesmo período, os movimentos sociais celebraram o seu próprio fórum "Terra Preta" para expressar as suas reivindicações para se alcançar a soberania alimentar e o direito à comida para os milhões de pessoas que passam fome no mundo. Ler mais...
( Via : Ecoblogue )

domingo, 8 de junho de 2008

O "menino de ouro" (deste PS) é fantástico ...

O ainda e por enquanto secretário geral do PS, o primeiro-ministro José Sócrates, qual "menino de ouro" (deste PS) é, de facto manifesta e decididamente, fantástico ...
Ora, o "menino de ouro", por enquanto e ainda secretário geral do PS, é tão fantástico, tão fantástico, tão fantástico que até consegue que os patrões dos transportes façam uma "paralização", que é, assim, como que uma espécie de greve ...
Entretanto, o presidente da FECTRANS- Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações apelou aos motoristas para que denunciem as empresas de camionagem que os impeçam de trabalhar no âmbito da paralisação marcada para amanhã, que classifica de inconstitucional.
Isto é que é uma "coisa" f-a-n-t-á-s-t-i-c-a !...

Festas de Lisboa : para “desopilar” de futebóis …

sábado, 7 de junho de 2008

VI – Reflexões a propósito de um encontro das esquerdas

Uma conclusão (sempre) inacabada

Torna-se essencial e é mesmo prioritário desfazer o equívoco que mina alguma esquerda (a maioritária, por enquanto) de que é possível a conciliação entre os valores do socialismo e a auto-regulação da economia centrada no mercado (mesmo que apoiado em inúmeros reguladores, destinados a evitarem os seus excessos). Enquanto o ‘equívoco liberal’ subsistir e os valores do mercado se sobrepuserem aos valores do socialismo, é o próprio objectivo histórico de emancipação do Homem, que se encontra comprometido. Desfeitos alguns equívocos em torno do valor da liberdade, importa agora afrontar o mito do mercado, desta feita atingindo o sistema mesmo no seu âmago.

Tal como o primeiro se demonstrou decisivo na imprescindível clarificação, dentro do sistema, dos valores constitutivos da democracia (a relação liberdade-igualdade), a tarefa de reduzir o mercado ao seu âmbito natural (agora contra o sistema) apresenta-se basilar e estratégica para o próprio futuro da Humanidade: está em causa uma alternativa ao sistema capitalista, uma alternativa global, viável, coerente e decente à força destruidora que o modelo fundado no primado do mercado tem representado para os limitados recursos do planeta e para o Homem.

Ora, a base de entendimento indispensável à constituição de uma alternativa coerente de esquerda a este modelo de desenvolvimento (que nos arrasta, tudo o indica, para uma grave crise global, de consequências imprevisíveis), passa necessariamente pela ultrapassagem do ‘equívoco liberal’. Isto significa, antes de mais, retirar ao mercado o papel de centro de decisão social e política que actualmente representa, mantendo-lhe apenas as funções de regulação económica para que foi criado. Pretender, como sustentam alguns bem intencionados derrotistas, que o modelo de organização social centrado no mercado é inevitável, com o argumento de que se não vislumbram alternativas viáveis, corresponde à aceitação serôdia da tese do ‘Fim da História’, hoje já até rejeitada pelo seu autor (F. Fukuyama).

Mais que não seja pela maior sensibilidade social que tradicionalmente lhes é atribuída, cabe às esquerdas, a todas as esquerdas conscientes dos riscos que a perigosa situação social actual comporta, a responsabilidade histórica de demonstrarem que um outro modelo de organização social é possível, o que implica a adopção de uma atitude política de maior diálogo e abertura a diferentes pontos de vista. Precisamente na linha do iniciado pelo encontro ‘Agora Aqui’.
É que – sublinhe-se mais uma vez e com toda a ênfase – o que cada vez parece estar mais em causa, afinal, dependente do sucesso dessa alternativa, é muito mais que o triunfo de uma ideologia, é o próprio futuro da Humanidade.

V – Urgente ultrapassar o ‘equívoco liberal’

A mera realização do encontro “Agora Aqui”, confluência de esforços de proveniências várias, introduz, neste sinuoso percurso de desacertos em que as esquerdas parecem desgastar-se, uma indispensável chamada de atenção para a necessidade e urgência na construção de entendimentos tendo em vista o papel histórico que deve competir ao pensamento e à acção socialista na reabilitação da sociedade dos efeitos de profundo desgaste, nomeadamente a nível económico, social, ambiental e político, a que foi submetida ao longo de mais de 30 anos de submissão aos cânones neoliberais do primado do mercado. Seguramente a ultrapassagem desta grave crise global para onde o liberalismo arrastou o mundo não será possível sem o contributo dos PS (ou equivalentes). Mas isso implica a prévia resolução do ‘equívoco liberal’ de que sofre a maioria das correntes socialistas e dos partidos que nelas se inspiram.

É que o movimento socialista, deve sublinhar-se, surge profundamente dividido na forma de abordar e tratar o mercado:
· A maioria, por pragmatismo, resignado comodismo ou até oportunismo político, aposta ainda no primado do mercado como garante das liberdades, muito à semelhança dos neo-liberais (a que não desdenham ser associados), falando-se mesmo num ‘socialismo liberal’ ('socialismo capitalista', chama-lhe M.Alegre), que soa quase como um contra-senso nos termos, indubitavelmente à revelia do seu património histórico e ideológico;
· Minorias dispersas, por convicção ou, na opinião dos detractores, simples ingenuidade, teimam em assegurar que o mercado não passa de um instrumento de regulação social, destinado às trocas comerciais, a que não podem ser atribuídas funções de decisão social e política, contrapondo-lhe, como o fez Manuel Alegre no referido encontro, um socialismo dos valores (os da ética republicana, antes de mais).

Não se ignora a dificuldade na tradução prática do que deve ser entendido por ‘socialismo dos valores’ ou por expressões de idêntico sentido, até pelo peso que a tradição de sectarismo tem entre a esquerda, onde as perspectivas pessoais ou de grupo frequentemente se sobrepõem ao rigor da análise ou a objectivos estratégicos. O que reforça a importância e o significado deste tipo de iniciativas, tanto no sentido da quebra de barreiras históricas e consequente aproximação de vontades, como na procura de soluções e vias alternativas ao caos em que o modelo neoliberal reduziu as nossas sociedades, transformando-as num imenso mercado, com o rol de consequências dramáticas, já por diversas vezes atrás referido.
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sexta-feira, 6 de junho de 2008

IV – Balanço nefasto de trinta anos de liberalismo

Passados mais de 30 anos sobre o triunfo das teses liberais e o correspondente domínio absoluto do mercado, os efeitos das políticas gizadas sob a sua influência, contando com a complacência, por vezes mesmo o empenhado contributo, dos partidos socialistas, são simplesmente devastadores. Apenas a título de exemplo: a nível económico (crises sucessivas), social (aumento das desigualdades), ambiental (aquecimento global) ou político (terrorismo, cerceamento da cidadania,...). Certo é que ao cabo destes 30 anos de exercício neoliberal, a vida no planeta tornou-se mais instável, mais perigosa, mais desigual. Não obstante as esplendorosas conquistas técnico-científicas, a esmagadora maioria das pessoas parece condenada a desembocar numa vida sem futuro e as certezas jogam-se apenas em sentimentos de frustração, desilusão, ansiedade.
Acresce, no caso português, o alastramento de um mal-estar crescente, gerado por uma situação social profundamente desigual e em desagregação acentuada, que ameaça degradar-se cada dia, perante a inoperância, ou a não tomada das medidas necessárias e adequadas, de um governo que se diz socialista.

Afinal, o que é que está a falhar? Onde é que está, sequer, a tão propalada ‘eficiência do mercado’ na gestão dos recursos, perante sinais tão evidentes de desperdícios inauditos? Torna-se absolutamente incompreensível a existência de situações de penúria extrema, sobretudo quando, ao lado, se exibe a mais faustosa e ofensiva riqueza. Como não considerar obsceno o confronto planetário entre um Norte opulento e o Sul miserável, entre a irracionalidade de uma sociedade da abundância e do desperdício e o degradante espectáculo de sociedades famintas e de carência absoluta? Como assistir, passivamente, à absurda destruição de milhões de toneladas de alimentos e de outros produtos, apenas porque perdem o seu valor comercial, levando à ruína produtores e condenando potenciais consumidores à fome e à miséria, por imposição das lógicas dominantes centradas no império supremo e exclusivista do mercado?

E, finalmente, qual o papel do PS (de todos os PS) perante estes cenários: gestor liberal, resignado espectador, ou mero mentor socialista?
Qual, então, a alternativa?
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III –Equívocos no percurso da esquerda socialista: do comunismo ao neoliberalismo

O percurso histórico das esquerdas, após a eliminação do equívoco que durante décadas constituiu a tentativa de construção do socialismo a Leste, culmina, enfim, no reconhecimento unânime da relevância, ainda que em abstracto, de todas e cada uma das componentes que constituem o seu ideário, herdado da revolução Francesa – liberdade, igualdade, solidariedade – o que de modo algum se mostra suficiente para impedir, na acção concreta, as profundas clivagens que as atravessam, desde logo pelo maior ou menor peso político atribuído a cada uma dessas componentes.
Não obstante a clarificação ideológica conseguida, o concomitante ascenso do liberalismo introduziu novos desafios sobre as práticas políticas dos partidos de esquerda e socialistas. Num ápice, a ideologia liberal varreu o mundo, tomou conta da economia, da política, da comunicação social, das próprias consciências, tudo de repente submetido ao inevitável dogma do mercado, estabelecido como norma universal e definido como critério absoluto e exclusivo, traduzido na mercantilização de todos os actos da vida. Levando, como é bem sabido, à desregulamentação económica total e à globalização dos seus efeitos (positivos e negativos).
Perante este cenário, os partidos socialistas sentem a sua margem de manobra política reduzida. Partidos de um modo geral comprometidos com o poder e a governação, acabam por se enquadrar na onda liberal e aceitar o império do mercado, embora advogando, aqui ou ali, a intervenção de ‘reguladores’, sem, no entanto, se atreverem a pôr em causa o primado do mesmo, como centro nevrálgico de todo o sistema. Ultrapassados os equívocos que rodearam as fracassadas experiências históricas do comunismo, eis que surge um novo, mais insidioso, a começar pela própria terminologia (daí também ser mais correcto qualificar esta corrente de ‘neo’liberal, introduzindo-lhe assim um elemento distintivo das restantes correntes liberais, nomeadamente da área política).
Ao ‘equívoco do comunismo de Leste’, sucede agora o ‘equívoco liberal’. De tal modo que as políticas socialistas pouco ou nada diferem das que os partidos da direita liberal defendem e aplicam, contribuindo para gerar nos cidadãos e na opinião pública em geral, confusão e crescente alheamento político.
No plano estritamente económico, o que distingue afinal Sócrates de Manuela Ferreira Leite? Qual deles é mais liberal?
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Comemorações do 10 de Junho : é um fartar vilanagem ...

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Bem, por enquanto são (só) sondagens ...


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A revolta dos pequenos
( Via Expresso. Clique para ler/ver noticia )

O PS perdeu a maioria absoluta e os partidos à sua esquerda, PCP e BE, somam 21% das intenções de voto. Este é o resultado mais relevante da sondagem Expresso/SIC/RR, realizada pela Eurosondagem. José Sócrates sofre uma queda acentuada na bolsa de popularidade, na proporção inversa a Francisco Louçã.


II – O que une a esquerda, hoje

Fixemo-nos, por ora, nas esquerdas envolvidas, directa ou indirectamente, no referido encontro 'Agora Aqui', o que inclui o PS mas exclui, para já, a tendência conotada com o PC. Este último, provavelmente em nome de um peculiar instinto de sobrevivência social, recusa-se a fazer o luto pela morte dos faróis históricos que durante décadas lhe serviram, cegamente, de guia ideológico e a dar o indispensável salto político, sem complexos de ultrapassada supremacia, aceitando confrontar medidas e até objectivos em pé de igualdade com a restante esquerda.

Sobre o que une estas diferentes tendências reivindicando-se da esquerda e do socialismo, importa procurar ver para além do vulgar cliché que lhes atribui o propósito genérico de lutarem contra todas as desigualdades (aliás, o tema central do encontro) – diga-se, desde logo, ele próprio também objecto de profundas divergências na interpretação do que deve ser precisamente a daí resultante promoção da igualdade – por contraponto com a direita que, nessa perspectiva, privilegiaria sobretudo a defesa da liberdade.

Não cabendo neste local aprofundar estas distinções, dir-se-á apenas que, após o descalabro das fracassadas experiências de Leste, aqui se englobando o conjunto de tentativas que, em nome do socialismo, procuraram aplicar um modelo de sociedade alternativo ao proposto pelo capitalismo (da soviética, à chinesa, à jugoslava ou mesmo à cubana, a única que resiste), o que aproxima, hoje, todas estas correntes de esquerda é precisamente a afirmação, sem reservas, da liberdade como valor supremo e fundador da própria ideia de democracia. Em consonância, aliás, com a matriz ideológica herdada do ideário republicano, a clássica trilogia da liberdade, igualdade e solidariedade.

O que facilita o diálogo entre todos os intervenientes, reduz a margem de manobra dos eventuais sectarismos e torna o quadro político da esquerda bastante mais clarificador. Para a maioria, é certo, as ilusões nesses modelos alternativos haviam sido desfeitas muito antes da queda do ‘Muro’. Mas a sua rejeição, de repente tornada unânime por obra da História (não o é sempre?) permite e até facilita a construção de plataformas de entendimento que antes se afigurava tarefa impossível de conseguir.
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I – O significado de um encontro das esquerdas

O recente encontro ‘Agora Aqui’ que juntou socialistas históricos (Manuel Alegre e outros), bloquistas e renovadores comunistas, tornou inevitável, mais uma vez, o debate sobre o que é ser de esquerda e ser socialista. A aparente convergência de vontades com origens e percursos tão diversos, mesmo que todos reivindicando-se de socialistas, em torno de uma área tão sensível como é a das desigualdades sociais – afinal aquilo que na mentalidade comum e na ideologia corrente mais distingue a esquerda da direita – só podia mesmo suscitar manifestações polémicas e interpretações díspares.

Desde logo pelas reacções crispadas oriundas das cúpulas do PS, a propósito da participação (qualificada, note-se, enquanto promotor) de um militante socialista tão destacado quanto o é Manuel Alegre. Alguns viram nisso um sinal de traição, outros apressaram-se a desvalorizar o gesto, a maioria, estou certo, assistiu a tudo entre a perplexidade e a indiferença. Todas estas atitudes, só por si, dão já bem a ideia das múltiplas diferentes ‘sensibilidades’ que se conjugam num único partido que é, ele próprio, uma federação de esquerdas. Refira-se, entretanto, que para além de todas as tendências citadas, as esquerdas ainda compreendem uma outra importante facção, a que se filia no Partido Comunista, tradicional e ortodoxo, que não participou no referido encontro.

Perante tanta variedade de partidos e tendências no seio das esquerdas, reflectindo divergências ideológicas e objectivos tão díspares, parece oportuno e pertinente colocar aqui a questão de se saber o que afinal as une, por um lado, e o que as divide, por outro. Este encontro torna-se assim particularmente significativo, pela oportunidade que proporciona à tomada de uma maior consciência dos pontos de união e de divisão da esquerda, no início do Séc. XXI, em Portugal e no mundo.
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quinta-feira, 5 de junho de 2008

A vida presa por um ‘Se’

Já por aqui se falou da entrevista que ontem a SIC promoveu a Pinto da Costa, mas não resisto a meter também a colherada, tal o descoco que este senhor (ainda) insiste em exibir. A entrevista tinha por objectivo, não restam dúvidas, permitir algum folgo ao ‘condenado’, reabilitar um pouco a sua negregada imagem. Olhando para a personagem e a sua história, ainda foi possível, no início, acreditar-se nisso. Mas bem depressa se passou da etérea áurea à miséria escondida. Bem depressa de ‘condenado’ passou a ‘executado’, de repente mais parecia um funeral anunciado.

A evidente atrapalhação do entrevistado, acossado pelos factos recentes mas sobretudo pela sua história passada, contrastava com o ar de piedosa comiseração dos entrevistadores que, entreolhando-se, pareciam não acreditar na real (ou papal?) imagem que tinham pela frente.
Estrebuchando inocência, recorrendo ao desgastado expediente de imputar as responsabilidades – de todo o sucedido (?) – a ignoto funcionário da FPF, o clímax foi atingido quando, interrogado sobre o que faria no caso de ‘se’ manter a pena aplicada em 1ª instância, respondeu, ríspido, que não vivia de ‘ses’.

Pois não. O drama está precisamente aí, a vida dele – pelo menos a vida a que se (nos) tinha habituado – agora passou a depender de um único e grande ‘Se’: e ‘Se’ o recurso falhar, como, aliás, é provável que aconteça?
Patético. E digno de pena...

200.000 (Duzentas Mil) Pessoas ...

Eu, cívica e empenhadamente, participei na Manifestação Nacional contra a Revisão do Código do Trabalho … e (re)confirmo que éramos muitas e muitos, muitíssimos e cada vez mais descontentes com este (nosso) Governo.

Hoje, é o Dia Mundial do Ambiente

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Os alhos e os bogalhos ...

Acabo de assistir, na SIC, à entrevista de Pinto da Costa (PC).
Estou, agora e graças à prestação de PC, muito mais esclarecido quanto à importância da Constituição da Republica ; a nossa, a Portuguesa …
O problema, para PC e o FCP, é que muito provavelmente na UEFA, por lá, não confundam, ao tratar de Justiça, “alhos com bogalhos”…
E, tudo isso porque :
O FC Porto, condenado por dois actos de tentativa de corrupção pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), foi excluído da Liga dos Campeões durante o período de um ano.

Perplexidades ?..

Ontem, depois da apresentação do Presidente da Autoridade da Concorrência Manuel Sebastião no Parlamento., ficamos, com alguma perplexidade (?) a saber que, afinal, o tão esperado relatório da AdC sobre o mercado dos combustíveis concluiu :
«…não ter encontrado indícios de práticas desleais de concorrência, como abuso de posição dominante ou cartelização entre os principais operadores, nomeadamente Galp, BP e Repsol.»
Ora, assim, e por isso, eu só posso é estar inteiramente de acordo com esta proposta do Bloco de Esquerda sobre o controlo do preço máximo de venda dos combustíveis que:
Define um regime de acompanhamento e controlo da evolução dos preços de combustíveis.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Hoje : não (se) esqueça do "Agora Aqui" ...

Hoje, às 21h30m, no Teatro da Trindade

Porque é tempo de poder afirmar e dar vida à democracia !..
( Se, e por acaso, não puder comparecer, assista à transmissão da Sessão/Festa do “Agora Aqui”, em directo, via : www.esquerda.net )

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O consultor e porta voz do PS e/ou o porta voz do PS e consultor…

Dos 230, 115 deputados acumulam funções sendo Vitalino Canas, porta voz do PS e Provedor do Trabalhador Temporário da Associação Portuguesa das Empresas Privadas de Emprego, o parlamentar com mais consultorias.
Por todo, são cinco consultorias:
Fundação Oriente, Fundação Aga Khan Portugal, Fundação Stanley Ho, Governo de Cabo Verde e, ainda, da Comunidade Religiosa Bochasanwasi Shri Akshar Purushottamni Sanstha.
Bom, agora e sinceramente, percebo a razão e o porquê de, quando “fala” em nome do PS, debitar tamanhos disparates…
Enfim, com tanta acumulação, qual bombeiro de serviço, não lhe sobra, afinal, tempo para “pensar” …

5 (cinco) vezes mais ?..

Ora, eu que sou, assim, um tão ou quando dado a ingenuidades, interrogo-me :
será, isso e mesmo, verdade ?..
«O Estado está a pagar por uma rede de comunicações do Ministério da Administração Interna um total de 485,5 milhões de euros, cinco vezes mais do que poderia ter gasto se tivesse optado por outro modelo técnico e financeiro. (…)»
Entretanto, e a ser verdade, como foi possível que o líder do grupo de trabalho que idealizou o sistema de comunicações do Estado não tenha sido ouvido no âmbito do inquérito do Ministério Público ?
Pois, o problema, a haver qualquer problema, deve radicar na minha pessoa:
- decididamente, tenho, cá, muitos problemas de/para entender a(s) lógica(s) do(s) "sistema(s)" ...

domingo, 1 de junho de 2008

Notas breves sobre o efémero da política

O fim das directas no PSD

A eleição de Manuela Ferreira Leite (MFL) para a liderança do PSD, para além de todas as análises e interpretações sobre os resultados, vai com certeza obrigar a ajustamentos na política caseira. As suas recentes declarações em defesa e reforço do Estado Social não podem deixar indiferentes os sectores governamentais mais envolvidos, que vão ter de reagir e adaptar-se em conformidade. Apesar das declarações habituais do inefável porta-voz do PS afirmando que nada se alterará no comportamento do Governo. Sócrates tem razões para estar mais preocupado mas, ao mesmo tempo, também mais seguro. Contraditório? Nem por isso.

Mais preocupado, porque há que reconhecer que, das 4 candidaturas, venceu a mais competente, a mais consistente, a mais rigorosa. Independentemente do valor que se atribua ao seu programa político, por certo desconhecido da maioria das pessoas, a começar pelas que a elegeram, as referidas declarações sobre a situação social do País ameaçam ultrapassar pela esquerda o governo socialista, dito de esquerda. Sócrates pode esperar, pois, uma oposição mais organizada e encarniçada – até porque as eleições aproximam-se. Os crónicos ‘barões’ do PSD vão cerrar fileiras, na sua esmagadora maioria, em torno da candidata agora eleita, investindo sobretudo no descontentamento social, que é crescente e ameaça tornar-se incontrolável.
Mais seguro, porém, porque as afinidades entre ambos, em termos de personalidades, de práticas políticas e até ideológicas, torna-os tão próximos e tão iguais que, não obstante a áurea de seriedade e rigor com que se apresenta, MFL constitui o risco menor para Sócrates nas próximas eleições. A menos que os disparates, as sobrancerias e a presunção de alguns dos ‘notáveis’ do PS (o equivalente aos barões do PSD) se acentuem nas hostes socialistas (o que não é de excluir).

Quanto ao trajecto dos restantes candidatos agora derrotados, já deu para ver que, Passos Coelho, o ‘social-democrata-liberal (?) de plástico’, sósia do ‘socialista de plástico’ Sócrates, (como o definiu Manuel Alegre), vai ficar na expectativa, à espera de nova oportunidade, porventura a acontecer no rescaldo das eleições legislativas do próximo ano.

O Santana passou, como era de prever (começa a ser repetitivo), da euforia do ‘menino guerreiro’ à depressão do ‘menino amuado’ (ou ‘embezerrado’). Diz ele que vai continuar a andar por aí a lutar pelo seu projecto político. Alguém conhece um ponto que seja deste profundíssimo e pelos vistos ultra-secreto projecto? O mais estranho (ou talvez não) é que, na alternância destes estados de alma e apesar da vacuidade que caracteriza a personagem, vai ter a comunicação social do costume aos seus pés, no encalço de qualquer gesto, trejeito ou meneio que possa provocar ou bulir com o histerismo dos indefectíveis ‘santanistas’, raça similar aos não menos pressurosos ‘jardinistas’. Certo, certo, é que a política portuguesa já não passa sem estes dois chatos do caraças. Sorte macaca a nossa.

Hoje, é o Dia Mundial da Criança

Convenção sobre os Direitos da Criança.