O relatório da Oxfam crítica os subsídios e incentivos fiscais concedidos por países ricos para apoiar sua própria produção de biocombustível. Os países ricos gastaram cerca de 15 mil milhões de dólares no ano passado para apoiar a produção de biocombustíveis ao mesmo tempo em que impedem a entrada do etanol brasileiro, que é mais barato e que é muito menos prejudicial para a segurança alimentar global e para o meio ambiente, afirma este relatório. Este é o mesmo montante, segundo a Oxfam, necessários para ajudar os pobres a enfrentarem a crise de alimentos.
Para a Oxfam o etanol brasileiro é o mais favorável biocombustível do mundo. O relatório afirma que:
«Embora a produção de etanol brasileiro esteja longe de ser perfeita e apresente vários problemas sociais e de sustentabilidade ambiental, este é o mais favorável biocombustível no mundo em termos de custo e equilíbrio de gases do efeito estufa». O documento inclui uma comparação com o biocombustível proveniente do milho produzido nos EUA, dizendo que sua produção é muito dependente de combustíveis fósseis, representando «um dos piores» equilíbrios entre gases do efeito estufa e uso de energia. O relatório pede ainda à União Europeia que cancele a meta de fazer com que 10 por cento dos transportes usem biocombustíveis até 2020. A Oxfam estima que a meta da UE pode multiplicar as emissões de carbono 70 vezes até 2020.
(Via : Notas ao Café/O Globo )
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