terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Crise como resultado de uma extorsão "permitida"



É bom que não nos deixemos enganar por aqueles que nos querem fazer crer que a Crise Financeira em rápida aceleração para a "economia real" é apenas fruto da ganância normal (Prós e Contras de 6/10) de uns quantos investidores que foram longe demais. A verdade é que esta Crise enquadra-se num contexto muito mais vasto, que o conhecimento da Economia Política, e não apenas de Finanças, ajuda a compreender. A verdade é que, na origem desta crise, está uma gigantesca fraude - muita sofisticada, é certo - que permitiu manter altos níveis de crescimento económico (melhor dizendo, altos níveis de consumo, muito dele abjecto - ver The Coming First World Debt Crisis ) num país cada vez menos produtivo, os EUA. Essa fraude consistiu na venda de títulos sem valor a todo o sistema financeiro internacional, que está a conduzir a esta catadupa de bancos descapitalizados. Os líderes europeus são culpados, no mínimo, por omissão. Por terem ido no canto da sereia da alta finança que forçou a desregulamentação dos mercados e por não terem espinha ou coragem - ou, no pior caso, por serem coniventes - para exigir decência por parte do seu grande aliado. A verdade é que os EUA se comportam como um Império em acelerada decadência. Um Império que arruina tudo em redor. A propósito, ler este "post" de há uns tempos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Importante chamada de atenção para um aspecto claramente presente na actual crise financeira e uma das suas principais causas – a hegemonia do dólar no mundo – que até agora só tem sido focado por via da dívida externa americana.
Por outro lado e na mesma linha de pensamento, ainda se irá saber um dia qual a verdadeira influência do dólar, enquanto moeda de trocas internacional, no desencadear da guerra no Iraque. Bem como o que pode acontecer às tentativas do Irão e mais recentemente da Venezuela ao pretenderem pôr em causa essa hegemonia monetária.
Sobre o ‘Prós e Contras’ de ontem, não resisti a um comentário mais extenso que vou inserir aqui.