quarta-feira, 23 de julho de 2008

Tertúlia da Tabacaria Açoriana : acabou-se-me o “remanço” …

[ "Tertuliantes" do dia 18 de Julho (*)]
E, lá se (me) acabou o “bem-bom” …
Já começava, digamos, a ficar “mal habituado”; é que, de 11 de Julho à data de ontem, a bica matinal, esta, era diariamente saboreada num local de culto de Ponta Delgada, a Tabacaria Açoriana…
Ponto de encontro, local de confluência diária, digamos que obrigatório, da intelectualidade micaelense; dos "doutorados" em futebolística, mas não só !..
Hoje, contudo, tive “falta de comparência” …
Regressei a casa. A Lisboa.
Não tive tempo nem oportunidade de me despedir de todos e de cada um; a não ser, claro, dos mais “chegados” …
Até o Manuel Bonifácio - um grande Amigo “americano” - e com quem ultimamente almoçava quase todos os dias, não teve lugar a despedida(s)…
Talvez porque, como ilhéu, sempre fui muito mais dado à(s) chegada(s) do que à(s) partida(s)… Enfim, até qualquer dia ... e, até lá e por favor, não se esqueçam de ser Felizes !..


(*) à excepção do Serafim, de preto e "lagarto", todos os demais são Benfiquistas; sendo que, por aqui, cada um é muitíssimo mais Benfiquista que o(s) outro(s); e, assim e por isso, uns são "Benficóites", outros "Benfiqueses", havendo, ainda e tal como eu e o Rogério, os BEnfiquistas; o meu grande Amigo Gustavo - qual "Magnifico Reitor" da Tertulia - é que não está, ainda e agora, "classificado"; pelo menos, enquanto o Miguel não conseguir convencer-Lhe - e tenho, cá, uma "fézada" que o irá conseguir - que o futebol é, afinal, mesmo e só, um jogo, um jogo de futebol ... que (nos) pode dar "cabo" do coração !..

2 comentários:

Anónimo disse...

Porque se nasce numa ilha o mundo é todo ilhas
e a ilha sempre véspera de embarque
assim as coisas são na ilha derradeiras
e no mundo que é ilha as coisas sempre partem

os corpos e as palavras assentes numa ilha
são como despedidas nos degraus da escaleira
e no mundo que é ilha projectos de viagem
continuamente morrem na movediça areia.


José Martins Garcia (1941-2002), "Signo Atlântico", in Ilhas conforme as circunstâncias, Edições Salamandra, 2003, p.48.

Carlos Borges Sousa disse...

Gabriela,
Agradecido pelo t/ comentário, pela poesia e, sobretudo, por teres recordado o Zé; nos “idos” 75 e 76, aqui em Lisboa, quando o Zé era professor, tive a oportunidade de o ter conhecido e com ele ter privado. Mais tarde, aí e em S. Miguel, vim a (re)encontrá-lo quando era professor na UA. Um dia, faz tempo, soube que se havia “finado” : a pessoa que não a obra ...
BEijinhos,
CBS