Assisti há pouco, na televisão, a um momento surreal, hilariante, no meio de um debate centrado à volta das prestações televisivas do 1º Ministro e da líder da oposição. ‘Pontos de Vista’ à maneira do ‘Espelho da Nação’, ou de como vai a politiquice caseira. A propósito do programa de obras que tem vindo a ser anunciado pelo Governo, os diversos representantes dos partidos com assento parlamentar, presentes neste debate, repartiram-se entre, os da direita globalmente contra (sem apresentarem qualquer alternativa), os da esquerda aceitando a sua realização genérica (com sensíveis diferenças entre eles, sobretudo a nível do respectivo financiamento).
Foi então a altura do representante do CDS (Sarmento Pimentel?) tirar um autêntico coelho da cartola. Qual prestidigitador com o número bem preparado e apenas aguardando o momento mais exacto para o exibir, o referido representante saltou, impante, sobre o José Lelo do PS, quando este se afanava em evidenciar a posição incongruente da líder do PSD, que no governo defendeu o TGV e agora na oposição se manifesta contra a generalidade dos investimentos públicos (‘não há dinheiro para nada’, é a frase sua, por esta altura, mais repetida):
- A bitola, qual a bitola do TGV? – apostrofa o do CDS.
O Lelo faz que não houve e continua a arengar em favor da sua tese. Insiste o do CDS:
- Então e a bitola? Vocês nem sabem qual é a bitola – remata triunfante.
O Lelo, já incomodado com o desaforo, atira enfadado:
- Olha agora temos aqui um técnico do TGV.
E a discussão prosseguiu em torno da bitola, insistindo o do CDS, resistindo o do PS. Sem um nem outro verem, afinal – chamou entretanto a atenção o João Semedo do Bloco – que os portugueses, neste momento, perante a crise existente e a avolumar-se, estão preocupados com tudo, menos com a bitola do TGV.
Foi então a altura do representante do CDS (Sarmento Pimentel?) tirar um autêntico coelho da cartola. Qual prestidigitador com o número bem preparado e apenas aguardando o momento mais exacto para o exibir, o referido representante saltou, impante, sobre o José Lelo do PS, quando este se afanava em evidenciar a posição incongruente da líder do PSD, que no governo defendeu o TGV e agora na oposição se manifesta contra a generalidade dos investimentos públicos (‘não há dinheiro para nada’, é a frase sua, por esta altura, mais repetida):
- A bitola, qual a bitola do TGV? – apostrofa o do CDS.
O Lelo faz que não houve e continua a arengar em favor da sua tese. Insiste o do CDS:
- Então e a bitola? Vocês nem sabem qual é a bitola – remata triunfante.
O Lelo, já incomodado com o desaforo, atira enfadado:
- Olha agora temos aqui um técnico do TGV.
E a discussão prosseguiu em torno da bitola, insistindo o do CDS, resistindo o do PS. Sem um nem outro verem, afinal – chamou entretanto a atenção o João Semedo do Bloco – que os portugueses, neste momento, perante a crise existente e a avolumar-se, estão preocupados com tudo, menos com a bitola do TGV.
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