sexta-feira, 11 de julho de 2008

O "ping-pong" da/na Justiça ...

Goste-se e/ou não se goste do Bastonário da Ordem dos Advogados – eu, pessoalmente, gosto – o facto é que Marinho Pinto, desde que assumiu funções, não deixa ninguém indiferente.
Marinho Pinto, ontem e em entrevista à RTP - que, só agora e aqui, em S. Miguel, acabo de ver - reitera uma série de críticas a alguns Magistrados Portugueses.
Criticas que, acrescente-se e em abono da verdade, não são, de todo, “novas” da parte de Marinho Pinto, pelo que não percebo, sinceramente, o espanto, o estádio de “choque” dos senhores Magistrados, sobretudo os “organizados” no Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP ), quando foram, pelo Bastonário, comparados a agentes da PIDE.
Marinho Pinto, de resto e nas suas contundentes criticas, tem sempre o cuidado de não tomar o todo pela parte; refere-se, sempre, a alguns Magistrados que, segundo ele: “ agem como se fossem divindades “ e “actuam como donos dos tribunais”, locais em que os “cidadãos são tratados como servos” e, ainda, que alguns Magistrados “portam-se nos tribunais como os agentes da PIDE, inspirando medo”
O SMMP, enquanto sindicato de classe, e ao invés de desclassificar as criticas muito contundentes do senhor Bastonário deveria, outrossim, criar as condições internas no sentido de apurar a veracidade dos factos uma vez que Marinho Pinto garante que “ não retira (nada) uma palavra, nem uma virgula ao que anda a dizer há vários anos”
Isto sim : seria (em)prestar um sério contributo à clarificação da Justiça por parte dos senhores magistrados "sindicalistas".

1 comentário:

Anónimo disse...

Subscrevo inteiramente a apreciação que aqui é feita do bastonário, por um lado, do estado a que chegou a justiça e os seus principais agentes (juízes e magistrados, em particular), pelo outro.
O desassombro deste bastonário é de facto algo de novo no reino da justiça, que promete agitar e, espero, mudar muita coisa. A começar neste corporativismo serôdio, que teima em perdurar para além do seu tempo de validade e que tem fortes implantações na área da justiça (incluindo também os advogados).