«Estrada da Fajã do Calhau considerada “perigosa” pelos técnicos»
É, este, hoje e em letras “garrafais”, o titulo da primeira página do “Diário dos Açores” (DA) que, ainda e em letras mais “moderadas”, acrescenta:
«o crime ambiental que é a “estrada da Fajã do Calhau” já decorre há dois anos e nada indica que possa ter um fim tão cedo. A colónia de cagarros já foi afectada e o mar já não tem peixes, mas começam a ser conhecidos pareceres que sugerem que a estrada será sempre perigosa, podendo mesmo vir a registar-se derrocadas como a da Ribeira Quente …»
Sabe-se, agora, e segundo noticia do “DA” que:
«a obra está longe de ficar concluída e já se questiona se alguma vez chegará a ter aprovação das entidades responsáveis para qualquer tipo de trânsito automóvel. Porque é um traçado extremamente arriscado e sem garantia de sustentação a médio prazo, sendo mesmo altamente provável que uma qualquer tempestade mais violenta ou um pequeno sismo a danifique definitivamente»
E, ainda e muitíssimo mais grave, que : «…/… a estrada foi avançando ao sabor de um arquitecto invisível, serpenteando à medida que as máquinas – chegou a haver 17 em simultâneo – iam conseguindo avançar. Só que o dono da obra, que é o Governo, não é detentor de nenhum dos terrenos que foram assimilados pelo traçado»
Segundo o jornal, ficamos a saber que «”Os amigos do Calhau” iam pedindo a uns e a outros uns bocadinhos das terras, dizendo que aquilo era para o bem de todos» relatando, ainda, o “DA” que «esses alegados acordos nunca foram formalmente legalizados e o que existe hoje desse traçado passa sobre terrenos que têm donos que podem vir a exigir indemnizações. Ao longo do processo, vários terrenos agrícolas desapareceram, incluindo alguns castanheiros, vinhas que produziam o famoso vinho de cheiro local e terras aráveis.»
Ora, sabe-se, agora, que o Governo Regional dos Açores, o PS, foi alertado, em tempo e amiúde, por várias entidades/associações, para os crimes ambientais e orçamentais que esta obra encerra, tendo o Centro de Conservação e Protecção do Ambiente, ligado à Universidade dos Açores enviado, em Junho de 2007, uma Carta ao Presidente do Governo alertando para a situação de “crime ambiental” que, então, já decorria.
Segundo o “DA”, a reposta de Carlos César terá sido lacónica : «agradeceu ter sido posto ao corrente»; nem mais uma linha ou qualquer tipo de posição em relação ao assunto.
Enfim, e a ser verdade o que leio, agora, no “DA” ( que, acrescente-se, há um ano e meio a esta parte começou a alertar para o assunto, quando a obra estava, ainda, na fase inicial ) estamos, assim, perante um crime de ordem ambiental que enforma, ao que parece, de múltiplas incidências que deverão merecer uma cuidada investigação das entidades competentes, uma vez que não é de todo compreensível que uma obra desta “envergadura” possa (de)correr – tal como, em tempo, foi denunciado pela Quercus/Açores - sem haver lugar a :
- Discussão e Concurso Público
- Estudo de Impacto Ambiental
- Projecto e Orçamento
- Viabilidade Técnica
- Ponderação de Custos/Benefícios
- Respeito pelo Ordenamento do Território / POOC / PDM
- Respeito pela Autarquia
- Respeito pelos Pareceres Institutos Competentes ( LREC e outros )
Tudo isso, a ser verdade e salvo melhor opinião, indicia um caso de policia, de policias; a não ser, naturalmente, que haja uma explicação plausível para o “crime” de lesa património ambiental que, em pleno século XXI, (de)corre nos Açores, em S. Miguel … pelos vistos com o “beneplácito” do Governo Regional e, claro, do PS.
PS - e, tal como já referido aqui, continuo curioso, muito curioso em saber quem serão os verdadeiros interessados nesta "estrada sem destino"; dito de outra maneira : quem serão, mesmo, os proprietários de/dos terrenos, lá, para os "lados" da Fajã do Calhau ?
«o crime ambiental que é a “estrada da Fajã do Calhau” já decorre há dois anos e nada indica que possa ter um fim tão cedo. A colónia de cagarros já foi afectada e o mar já não tem peixes, mas começam a ser conhecidos pareceres que sugerem que a estrada será sempre perigosa, podendo mesmo vir a registar-se derrocadas como a da Ribeira Quente …»
Sabe-se, agora, e segundo noticia do “DA” que:
«a obra está longe de ficar concluída e já se questiona se alguma vez chegará a ter aprovação das entidades responsáveis para qualquer tipo de trânsito automóvel. Porque é um traçado extremamente arriscado e sem garantia de sustentação a médio prazo, sendo mesmo altamente provável que uma qualquer tempestade mais violenta ou um pequeno sismo a danifique definitivamente»
E, ainda e muitíssimo mais grave, que : «…/… a estrada foi avançando ao sabor de um arquitecto invisível, serpenteando à medida que as máquinas – chegou a haver 17 em simultâneo – iam conseguindo avançar. Só que o dono da obra, que é o Governo, não é detentor de nenhum dos terrenos que foram assimilados pelo traçado»
Segundo o jornal, ficamos a saber que «”Os amigos do Calhau” iam pedindo a uns e a outros uns bocadinhos das terras, dizendo que aquilo era para o bem de todos» relatando, ainda, o “DA” que «esses alegados acordos nunca foram formalmente legalizados e o que existe hoje desse traçado passa sobre terrenos que têm donos que podem vir a exigir indemnizações. Ao longo do processo, vários terrenos agrícolas desapareceram, incluindo alguns castanheiros, vinhas que produziam o famoso vinho de cheiro local e terras aráveis.»
Ora, sabe-se, agora, que o Governo Regional dos Açores, o PS, foi alertado, em tempo e amiúde, por várias entidades/associações, para os crimes ambientais e orçamentais que esta obra encerra, tendo o Centro de Conservação e Protecção do Ambiente, ligado à Universidade dos Açores enviado, em Junho de 2007, uma Carta ao Presidente do Governo alertando para a situação de “crime ambiental” que, então, já decorria.
Segundo o “DA”, a reposta de Carlos César terá sido lacónica : «agradeceu ter sido posto ao corrente»; nem mais uma linha ou qualquer tipo de posição em relação ao assunto.
Enfim, e a ser verdade o que leio, agora, no “DA” ( que, acrescente-se, há um ano e meio a esta parte começou a alertar para o assunto, quando a obra estava, ainda, na fase inicial ) estamos, assim, perante um crime de ordem ambiental que enforma, ao que parece, de múltiplas incidências que deverão merecer uma cuidada investigação das entidades competentes, uma vez que não é de todo compreensível que uma obra desta “envergadura” possa (de)correr – tal como, em tempo, foi denunciado pela Quercus/Açores - sem haver lugar a :
- Discussão e Concurso Público
- Estudo de Impacto Ambiental
- Projecto e Orçamento
- Viabilidade Técnica
- Ponderação de Custos/Benefícios
- Respeito pelo Ordenamento do Território / POOC / PDM
- Respeito pela Autarquia
- Respeito pelos Pareceres Institutos Competentes ( LREC e outros )
Tudo isso, a ser verdade e salvo melhor opinião, indicia um caso de policia, de policias; a não ser, naturalmente, que haja uma explicação plausível para o “crime” de lesa património ambiental que, em pleno século XXI, (de)corre nos Açores, em S. Miguel … pelos vistos com o “beneplácito” do Governo Regional e, claro, do PS.
PS - e, tal como já referido aqui, continuo curioso, muito curioso em saber quem serão os verdadeiros interessados nesta "estrada sem destino"; dito de outra maneira : quem serão, mesmo, os proprietários de/dos terrenos, lá, para os "lados" da Fajã do Calhau ?
2 comentários:
Não acha que está a laborar num equívoco atacando, para não variar, com requintes esquerdistas tudo e todo como lhe é conveniente.
Seja concreto nas suas criticas e não lance poeira para os olhos das pessoas que não são tão estupidas como você queria que fossem.
O governo pode ter as suas explicações para as obras. Por acaso o senhor deu-se ao TRABALHO de ouvir alguém do GOVERNO ?
Seja democrata que é uma coisa que o seu partido não é, e não lance achas para a fogueira.
Enfim, sempre a mesma história...não sei porque se dão ao trabalho de escreverem sobre isto. vocês sabem da existência daquela fajã porque se fala na obra, se assim não fosse nem sabiam o que era e onde fica.A obra tem lacunas, isso é um facto, não sei se é o melhor traçado, mas o actual acesso não é digno!Sem querer entrar em questões partidárias, digo que se forem resolvidas as questões técnicas,quero acreditar que não foi um erro...E de certo não foi.
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