Imaginemos a Senhora X e o Senhor Y.
Ambos - ela com 53, ele com 57 anos - foram reformados por alegados "motivos de saúde".
Porém, a Senhora X e o Senhor Y, não são uns quaisquer reformados; eram, ambos, ex-administradores de uma determinada Instituição de Crédito, cuja administração foi, então e em 2005, demitida pelo governo...
Porém, a Senhora X e o Senhor Y, após a saída/demissão, e porque muito provavelmente teriam direito a uma mui "parca" reforma, (re)começaram, desde logo, a trabalhar em grupos financeiros e empresariais ...
Infelizmente, não estamos perante uma ficção.
Trata-se de uma situação factual que, hoje, vem "plasmada" na primeira página do Caderno de Economia do Expresso.
Os protagonistas têm nome, têm rosto :
- a Instituição de Crédito é a Caixa Geral de Depósitos;
- a senhora chama-se Gracinda Raposo;
- o senhor chama-se António Vila Cova;
- o motivo da reforma : invalidez;
- as empresas para as quais trabalharam e trabalham : Mota-Engil, Finantia, BPN, Santander, A.Santo, ECS;
- a reforma, esta, "cai" todos os meses e não será "miserável".
Enfim, este é o (nosso) triste país. O real.
Onde, uma certa elite emergente, perfeitamente identificável, de uma forma ou de outra, e sempre muito sinuosamente, consegue viver à margem da "margem".
Até quando, e para quando, uma verdadeira vassourada ?..
Um parágrafo, dois gráficos, algumas palavras.
Há 11 horas
2 comentários:
Meu Caro,
Não vamos lá com vassouradas ...
O que precisamos, de novo e com toda a urgência, é de um 25 de Abril.
Só que, agora e desta feita, um 25 de Abril à séria, e quanto mais urgente melhor, pois as convulsões sociais, com a crise que ainda agora começou, pode trazer o país para uma situação de total e perigosa ingovernabilidade.
E só com muito miopia política é que não se pode vislumbrar este muito mais que provável cenário.
Subscrevo o comentário anterior.
Quanto ao "25 de Abril à séria" suponho que o comentarista quererá dizer um 25 se Abril, sem cravos vermelhos !!!
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