Pois, os chineses e os indianos mudaram a sua dieta alimentar.
Mas isso não é uma boa notícia?
E depois há as colheitas catastróficas, resultado das alterações climáticas.
E isto é dito como se as ditas alterações do clima fossem culpa do clima, ele próprio. Não, que hoje regressem as sublevações da fome no Egipto, no México, na Índia, em Moçambique ou no Haiti não é obra do divino espírito santo; que mais de 30 países estejam à beira do colapso alimentar não é um “desastre natural”.
E muito menos uma realidade inexplicável. Ler Mais...
2 comentários:
Em relação ao problema da fome e dos combustíveis e tendo visto a prestação da Ana Drago ontem na RTP, tenho o seguinte comentário.
O Bloco se quiser ser credível (não é que os outros partidos o sejam, antes pelo contrário, mas isso não justifica que o Bloco também o não seja) tem que ter cuidado. A Ana Drago andou às voltas com o preço do combustível e acabou a pedir o mesmo que o CDS: redução do imposto! O PS, muito inteligentemente atirou-lhe logo: ora estamos a ver o Bloco a renegar a sua política ambiental ao querer baixo o preço, apesar da ressalva retórica da Ana Drago.
Apesar de concordar e ser um facto que há especulação e aproveitamento no preço dos combustíves em Portugal, a verdade é que a tendência de forte aumento dos combustíveis fósseis; além disso, se as Alterações Climáticas são para ser levadas a sério, então o preço dos combustíveis para o consumidor final tem mesmo de aumentar; outra questão, e a representante do PCP no programa pôs bem a questão, é a privatização da GALP, a ausência de políticas microeconómicas que diferenciem preços para certo tipo de actividades económicas, etc.
Porque, por fim, segundo a Agência Internacional de Energia a eliminação dos biocombustíveis implicaria a necessidade de arranjar mais 1 milhão de barris de petróleo/dia
o que seria muito díficil, tendo como resultado um aumento adicional dos preços!
Temos que ser coerentes e saber do que falamos, sob pena se sermos considerados hipócritas!
Estou, em linhas gerais, de acordo com o comentário anterior e aproveito até para reforçar uma nota sobre alguns comportamentos do Bloco: no afã de aparecer como oposição ao Governo, corre o risco de tropeçar, por vezes mesmo sem o querer, nestas alianças espúrias, agora com o CDS, ontem (ou amanhã) com o PSD,... As diferenças políticas entre eles não são muito significativas, é certo (pelo menos no essencial), mas para as respectivas bases sociais de apoio estas posições acabam por ser contraproducentes.
Até porque o tema exigia uma maior clarificação. Dada a sua dimensão, irei procurar desenvolver o meu ponto de vista numa posta autónoma.
Quanto ao texto do José Manuel Pureza que dá origem a este intercâmbio de ideias, não podia estar mais de acordo.
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