
Ora, será por causa disso ?..
‘Operação Furacão’ Caso Berardo envolve nata política da Madeira
Entretanto, não haverá, por aí, um qualquer jornalista que possa fazer uma pergunta ao senhor comendador :
- como é que o senhor comendador enriqueceu ?
Seria importante, no entanto, que o senhor comendador fizesse o favor de explicar a “coisa”, d-e-v-a-g-a-r-i-n-h-o, por forma a que, eu, possa perceber…
3 comentários:
Eu não posso satisfazer a dúvida por uma razão muitíssimo simples:
- É que já ninguém tem dúvidas sobre determinadas personagens da nossa praça.
A grande dúvida do pessoal é não saber muito bem onde é que vai parar. O que sabem bem é que os bons(menos maus)tempos não voltam mais, enquanto que para "esses" nunca esteve melhor.
É a lei do equilíbrio, isto é, quando a riqueza pende toda para um lado, do outro lado, só pode haver miséria.
Se a malta não conseguir acordar desta anestesia, então adeus futuro, estamos condenados ao insucesso.
Bruto da Costa explicava, há dias, na televisão, a propósito do estudo que coordenou sobre as desigualdades em Portugal, que a riqueza concentra-se nas mãos de uns poucos por via do modelo económico vigente, que o sistema está montado para criar ricos e pobres.
Na mesma linha, a mim o que me preocupa mais não é saber se, neste sistema, com este modelo económico, alguns ricos o conseguiram ser (ou o são ainda mais) por força de esquemas ilícitos ou fraudulentos, é saber antes que é a própria organização económica em que assenta que gera e legitima estas vergonhosas desigualdades. A discussão sobre a corrupção, ainda que importante (em qualquer sistema), não deixa de ser lateral ao que efectivamente se deve colocar no centro do debate: este modelo económico que provoca ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres.
Apesar de olharmos desconfiados para a riqueza que alguns ostentam, o certo é que a maioria deles o consegue através dos mecanismos legais instituídos, sem recorrer a nenhuma ilicitude, mas nem por isso o problema das desigualdades deixa de ter menos gravidade.
Caríssimos,
Têm toda a razão; eu, de todo o modo, não queria ser tão profundo na (minha) análise quanto à concentração da riqueza, por via deste modelo onde ser pobre é, como se tem visto, um fatalidade…
Queria, outrossim, referir-me à cobardia ( sem quaisquer aspas ) de muitos jornalistas que, agora e no passado, nunca questionaram, como “il faut”, o senhor comendador; recordo-me, por exemplo, duma entrevista na RTP1, em que a inefável Judite Sousa, embevecida, entrevistou o senhor comendador quando, à data, negociava com o Estado o Museu Berardo.
O senhor comendador “pavoneou-se” nas TV´s, em todas as TV´s e, em particular, na SIC/N aquando da “negociata” do Museu no CCB, da “crise” do BCP, da OPA ao (meu) BENFICA ( eu, jamais, e por que preço fosse lhe venderia as minhas acções…) etc, etc.. e NUNCA vi/ouvi que lhe houvessem perguntado , ao estilo “olhos nos olhos”, as/das verdadeiras causas do enriquecimento…
Quem sabe se, um dia, a “coisa” não virá ao de cima e, então, possamos, todos e cada um(a), perceber as/das verdadeiras razões para o (tal) enriquecimento.
Às vezes, por vezes até sou um homem de “fé”; e, neste particular, tenho cá uma “fezada” …
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