sábado, 31 de maio de 2008

Alguém me satisfaz uma dúvida ?..

De há uns tempos a esta parte que deixei de ver/ouvir o senhor comendador Joe Berardo nos ecrãs das nossas televisões; em todas as televisões e, em particular, na SIC.
Ora, será por causa disso ?..
‘Operação Furacão’ Caso Berardo envolve nata política da Madeira
Entretanto, não haverá, por aí, um qualquer jornalista que possa fazer uma pergunta ao senhor comendador :
- como é que o senhor comendador enriqueceu ?
Seria importante, no entanto, que o senhor comendador fizesse o favor de explicar a “coisa”, d-e-v-a-g-a-r-i-n-h-o, por forma a que, eu, possa perceber…

3 comentários:

VRMendes disse...

Eu não posso satisfazer a dúvida por uma razão muitíssimo simples:
- É que já ninguém tem dúvidas sobre determinadas personagens da nossa praça.
A grande dúvida do pessoal é não saber muito bem onde é que vai parar. O que sabem bem é que os bons(menos maus)tempos não voltam mais, enquanto que para "esses" nunca esteve melhor.
É a lei do equilíbrio, isto é, quando a riqueza pende toda para um lado, do outro lado, só pode haver miséria.
Se a malta não conseguir acordar desta anestesia, então adeus futuro, estamos condenados ao insucesso.

Anónimo disse...

Bruto da Costa explicava, há dias, na televisão, a propósito do estudo que coordenou sobre as desigualdades em Portugal, que a riqueza concentra-se nas mãos de uns poucos por via do modelo económico vigente, que o sistema está montado para criar ricos e pobres.
Na mesma linha, a mim o que me preocupa mais não é saber se, neste sistema, com este modelo económico, alguns ricos o conseguiram ser (ou o são ainda mais) por força de esquemas ilícitos ou fraudulentos, é saber antes que é a própria organização económica em que assenta que gera e legitima estas vergonhosas desigualdades. A discussão sobre a corrupção, ainda que importante (em qualquer sistema), não deixa de ser lateral ao que efectivamente se deve colocar no centro do debate: este modelo económico que provoca ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres.
Apesar de olharmos desconfiados para a riqueza que alguns ostentam, o certo é que a maioria deles o consegue através dos mecanismos legais instituídos, sem recorrer a nenhuma ilicitude, mas nem por isso o problema das desigualdades deixa de ter menos gravidade.

Carlos Borges Sousa disse...

Caríssimos,
Têm toda a razão; eu, de todo o modo, não queria ser tão profundo na (minha) análise quanto à concentração da riqueza, por via deste modelo onde ser pobre é, como se tem visto, um fatalidade…
Queria, outrossim, referir-me à cobardia ( sem quaisquer aspas ) de muitos jornalistas que, agora e no passado, nunca questionaram, como “il faut”, o senhor comendador; recordo-me, por exemplo, duma entrevista na RTP1, em que a inefável Judite Sousa, embevecida, entrevistou o senhor comendador quando, à data, negociava com o Estado o Museu Berardo.
O senhor comendador “pavoneou-se” nas TV´s, em todas as TV´s e, em particular, na SIC/N aquando da “negociata” do Museu no CCB, da “crise” do BCP, da OPA ao (meu) BENFICA ( eu, jamais, e por que preço fosse lhe venderia as minhas acções…) etc, etc.. e NUNCA vi/ouvi que lhe houvessem perguntado , ao estilo “olhos nos olhos”, as/das verdadeiras causas do enriquecimento…
Quem sabe se, um dia, a “coisa” não virá ao de cima e, então, possamos, todos e cada um(a), perceber as/das verdadeiras razões para o (tal) enriquecimento.
Às vezes, por vezes até sou um homem de “fé”; e, neste particular, tenho cá uma “fezada” …