Se algumas pessoas estiveram atentas à discussão, ontem no programa “Prós e Contras”, sobre “os maus ventos que se aproximam” no tocante aos produtos alimentares ficara, provavelmente, com algumas dúvidas como eu fiquei, mas também com muitas certezas.
Fiquei com a dúvida sobre se, matar alguém à fome é mais legítimo e não tem cadeia, do que matar gente com armas ou bombas. Também não fiquei esclarecida se, porventura os empresários espanhóis que estão a cultivar olivais no Alentejo, entretanto patentearem o azeite que esse olival produzir, passa a ser azeite espanhol para exportação e Portugal deixa de poder produzir azeite.
Co' a breca, como é que é possível isto acontecer? Será o mercado, será o petróleo, será o dólar ou será a ganância, a especulação, o malfeitorismo, a falta de decência e outras qualificações do mesmo teor ou pior.
Algumas certezas eu tive: Há multinacionais a ganhar fortunas, toda a gente sabe disso e ninguém pode / quer / pretende fazer nada. Mas eu acho que não são só multinacionais, porque há muitos anos já se falava de que a manutenção do preço do peixe, dependia de não se pescar muito e se, por um acaso o peixe “teimasse” em entrar para a rede, deitava-se ao mar outra vez, morto ou vivo, não interessava, o importante era manter o preço em alta, senão “o pessoal” habituava-se a comer “cherne” e “linguado” e isso não podia ser para todos.
Eu para mim tenho que, um dia destes, as pessoas que moram em apartamentos devem começar a pensar numa “hortazinha”, na banheira e aqueles que têm um pouco de terreno à volta de uma casita devem começar a tirar a relva e a piscina ( quem tiver) e semear para colher.
Só espero que a União Europeia, da qual fazemos parte com os nossos mandatários, seja sábia e abra os olhos, os ouvidos e a mente e perceba que, neste estado em que está o mundo, vale tudo para fazer guerra, até um bocado de pão.
Fiquei com a dúvida sobre se, matar alguém à fome é mais legítimo e não tem cadeia, do que matar gente com armas ou bombas. Também não fiquei esclarecida se, porventura os empresários espanhóis que estão a cultivar olivais no Alentejo, entretanto patentearem o azeite que esse olival produzir, passa a ser azeite espanhol para exportação e Portugal deixa de poder produzir azeite.
Co' a breca, como é que é possível isto acontecer? Será o mercado, será o petróleo, será o dólar ou será a ganância, a especulação, o malfeitorismo, a falta de decência e outras qualificações do mesmo teor ou pior.
Algumas certezas eu tive: Há multinacionais a ganhar fortunas, toda a gente sabe disso e ninguém pode / quer / pretende fazer nada. Mas eu acho que não são só multinacionais, porque há muitos anos já se falava de que a manutenção do preço do peixe, dependia de não se pescar muito e se, por um acaso o peixe “teimasse” em entrar para a rede, deitava-se ao mar outra vez, morto ou vivo, não interessava, o importante era manter o preço em alta, senão “o pessoal” habituava-se a comer “cherne” e “linguado” e isso não podia ser para todos.
Eu para mim tenho que, um dia destes, as pessoas que moram em apartamentos devem começar a pensar numa “hortazinha”, na banheira e aqueles que têm um pouco de terreno à volta de uma casita devem começar a tirar a relva e a piscina ( quem tiver) e semear para colher.
Só espero que a União Europeia, da qual fazemos parte com os nossos mandatários, seja sábia e abra os olhos, os ouvidos e a mente e perceba que, neste estado em que está o mundo, vale tudo para fazer guerra, até um bocado de pão.
3 comentários:
Lebasi,
Para (Tua e Nossa) reflexão, vou “postar” um artigo/ensaio da minha prezada Amiga Paula Tavares, “Da falha alimentar ao comércio justo … Le fils de l'homme -Magritte!", que faz o (re)enquadramento desta temática tal como, e em meu entender, terá que ser equacionada.
CBS
É claro que o mercado, como em tudo, tem a sua 'mãozinha' nisto. Diria mesmo mais: é o mercado que é responsável por se deitar ao mar o peixe para se 'manter o preço em alta'.
Pois é: nas sociedades onde o mercado é que impera, não conta o peixe matar a fome às pessoas (mesmo que existam milhões a morrer por causa dela...), só conta mesmo o valor de troca - o preço - do peixe no mercado.
Isto passa-se, naturalmente, com qualquer outro produto, o problema é que quando se trata de produtos alimentares, 'brinca-se' cara a cara com a fome, a vida e a morte das pessoas e o choque é mais imediato.
Justifica-se, sobre este tema , uma visita ao 'blog' Futuro Comprometido (ainda não sei fazer ligações), do J.M.Sousa (que deu apoio à criação deste e tem sido visita frequente por cá), que apresenta muito e interessante material informativo - imagens, mapas, gráficos, textos,...
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