sábado, 17 de abril de 2010

O impertinente e a esfinge

No episódio checo do ‘confronto’ dos déficits entre os dois países (?), não sei o que mais censurar: se a pesporrente provocação (ainda que em tons melífluos, quase dengosos!) do ultra-vaidoso presidente checo – trazendo à baila, da forma mais impertinente, um tema melindroso e passível de múltiplas abordagens; se a esfíngica reacção (hirta e distante, como é seu timbre, de quem, afinal, só ali estava de passagem – para ver a paisagem?) do ‘quase ausente’ presidente português – de boca aberta (é a sua imagem de marca) e sem capacidade de resposta!

A explicação posterior, frouxa e tardia, em jeito de desculpas para a insolente atitude do checo Vaclav Klaus, não passou disso mesmo, de desculpas! Tardias e... sem jeito! Porque, no mínimo, exigia-se ao português Cavaco, que reagisse na hora, mais que não fosse para frisar – diplomaticamente, bem entendido – que ‘o outro’ nada tinha a ver com isso (por não pertencer à ‘zona do euro’, nem sequer entra na constituição do pacote financeiro acordado para auxiliar a Grécia, no âmbito do designado ‘mecanismo europeu de assistência’!).

Um Presidente que não sabe responder à letra e na hora a provocações, venham elas de onde vierem, não serve para... Presidente. Não é o meu Presidente!

1 comentário:

Carlos Borges Sousa disse...

Amigo,

Pertinente e oportuna observação.
E já agora, acrescento :
Cavaco, também e para mim, por esta e por outras e múltiplas razões. não é - nunca foi, nem será - o meu Presidente !!!