sábado, 8 de janeiro de 2011

Carta Aberta a Cavaco (II) ...


Praia do Ribatejo, 8 de Janeiro de 2011

Olá Cavaco,

Pelos vistos, a “campanha suja” não deixa de te atormentar; desta feita, até o Expresso, imagine-se, persegue este desiderato …
Pese embora, e de forma intelectualmente muito desonesta, o esforço titânico de alguns dos teus correligionários
( por exemplo : Marques Mendes ) em procurar branquear o “atoleiro” em que te encontras, o “Expresso” - que acabo de comprar, aqui, no remanço da Praia do Ribatejo – até parece que te quer “tramar” …
É caso para dizer-se : cada tiro cada melro …
Afinal, e segundo o Expresso, ficamos a saber que
– quer tu, seja a tua filha – compraram as acções da SLN ( sublinho : “fora de bolsa”) ao valor nominal de 1€ quando, ao que parece e à data, outros, muitos outros as compraram a, pelo menos, 1,8 € …
Ora, e para mim, esta pequena (?) nuance, esta situação de “favor” terá, também e naturalmente, que ser esclarecida.
Cavaco,

Mais uma vez te peço que não sejas cobarde e não te refugies naquele falso pedestal, qual “virgem pura”, em que normalmente de auto-colocas e responde, de forma clara e inequívoca, às questões que (te) têm sido formuladas...
Já agora, diz aos teus correligionários que, embora castanha, a “merda não tem nada a ver com o chocolate” e que o artigo que o Manuel Alegre escreveu para o Expresso, e que “virou” publicidade para o BPP, é um tiro no “escuro”;

ir por aí, isso sim, é que é campanha suja.
O Director do Expresso, Henrique Monteiro, na página 5 do primeiro caderno, confirma a versão de Manuel Alegre.
Segunda- feira, conto telever a tua entrevista.
Estou na expectativa que a jornalista de serviço esteja à altura dos acontecimentos; i.e : que seja tão “acutilante” quanto soube ser com os outros candidatos e, claro, (te) faça as perguntas que, na circunstância, serão oportunas e (in)convenientes.
Espero, assim, e por isso, que tenhas a oportunidade de esclarecer todas as dúvidas que continuam a pairar sobre a tua honorabilidade.
Com os melhores cumprimentos,
Carlos Borges Sousa

1 comentário:

Anónimo disse...

Afinal a prova do favorecimento estava na compra e não na venda, como toda a ‘entourage’ cavaquista pretendia insinuar (e para onde convergiam as atenções), sabendo bem que não era aí que importava procurar (curiosidade acrescida para ver o que virá agora dizer o MM – ou se apenas se cala).
Falta ainda saber, por exemplo, quem vendeu e as condições de recompra das acções (reduzidas ou não a contrato escrito), para se ficar com uma ideia mais aproximada dos contornos deste ‘favor’ e da dimensão real da ‘superioridade moral do candidato’!
Ou será antes da forma como ficou refém dos ‘interesses legítimos’ (apesar de tudo o que se sabe, haverá sempre quem assim os defina!) desta ‘clic’ criminosa?