terça-feira, 17 de junho de 2008

Verdades, justiça, corrupção

Ontem vi o Valentim na TV, a subir lentamente as escadas de um tribunal e ria sozinho. Ria de quê? Só podia ser dos papalvos que ainda acreditam que se pode fazer justiça. No Apito Dourado como na Casa Pia (continuo a pensar que os principais implicados não estão sequer a ser julgados...), na investigação sobre as eventuais fraudes no BCP ou em qualquer outro caso de corrupção ou viciação (de resultados ou comportamentos). No caso em apreço – Apito Dourado e Apito Final – em que está em causa apurar os justos vencedores, quer no desporto jogado, quer no desporto julgado, o que se conclui (após a intervenção da FIFA, da FPF, e de mais não sei quantas entidades) é que nem verdade desportiva, nem verdade jurídica (a famosa secretaria, na boca de alguns), por enquanto apenas mesmo e só (ou sempre?) a verdade imposta por esquemas ínvios – chamemo-lhe assim!!!

No riso do Valentim percebia-se o escárnio com que a marmanjada do País (deste ou de qualquer outro) olha para o Zé Pagode (e pagante, vai tudo dar ao mesmo), o desprezo que nutre pela plebe: eles sabem que dominam ‘isto’ a seu bel-prazer, tudo se encontra organizado para poderem sair impunes e incólumes das enrascadas em que se metem, recorrem a todos os expedientes e utilizam todos os meandros da lei para escaparem das tramóias que engendram. Mesmo que seja apenas por mera dilação dos seus efeitos. Por vezes, um ou outro mais inábil ou afoito (é preciso saber fazê-las...), cai na rede, aproveitando logo o poder mediático para legitimar o sistema. Estão a ver como isto até funciona, parecem dizer?
Enfim...

1 comentário:

Carlos Borges Sousa disse...

Por acaso,também o vi,o Valentim, mas à saída do Tribunal, que às perguntas dos jornalistas se limitou, e com muita sobranceria, a expelir um simples : "boa tarde"
Ele, Valentim, que tem sido levado ao colo pelos OCS dado que estes, os OCS, a tal se têm prestado, com os seus subservientes préstimos.
Mas, é como diz e muito bem :
há em tudo isso um escárnio em que, e lamentávelmente, os OCS se prestam, amiúde, a legitimar.