segunda-feira, 2 de junho de 2008

5 (cinco) vezes mais ?..

Ora, eu que sou, assim, um tão ou quando dado a ingenuidades, interrogo-me :
será, isso e mesmo, verdade ?..
«O Estado está a pagar por uma rede de comunicações do Ministério da Administração Interna um total de 485,5 milhões de euros, cinco vezes mais do que poderia ter gasto se tivesse optado por outro modelo técnico e financeiro. (…)»
Entretanto, e a ser verdade, como foi possível que o líder do grupo de trabalho que idealizou o sistema de comunicações do Estado não tenha sido ouvido no âmbito do inquérito do Ministério Público ?
Pois, o problema, a haver qualquer problema, deve radicar na minha pessoa:
- decididamente, tenho, cá, muitos problemas de/para entender a(s) lógica(s) do(s) "sistema(s)" ...

2 comentários:

Anónimo disse...

Até admito e concedo que o valor da proposta alternativa não se afastasse tanto da que foi adjudicada para a aquisição destes sistemas. Recordo-me do António Costa, há já algum tempo (pelo menos antes de ele se transferir para a Câmara), ter vindo esclarecer este valor (esta história é já antiga...) e decerto que haverá explicações ou mesmo alterações não consideradas que levariam a uma maior aproximação dos valores. Concedo isso.
Mas seguramente que, neste como na generalidade das situações em que o Estado intervém como comprador, tem de haver outro rigor na negociação destes contratos, para evitar quer os casos de corrupção como os de falta de competência na apreciação do que está a ser adquirido. Mas também e desde logo na sua necessidade básica: o Estado agora deu em copiar as empresas privadas, recorrendo ao ‘out-sourcing’. Contudo, fá-lo dispondo, na maioria das vezes, de capacidade técnica interna para a maioria das áreas a que recorre, desperdiçando recursos próprios sem qualquer valor acrescentado. E de uma suspeita não se livra: não estarão, estes contratos, a beneficiar os amigos?
Incompetência, corrupção, ‘out-sourcing’ à medida dos amigos, eis o tripé em que assenta, em boa parte, o desregramento das contas públicas. Fosse isto possível de corrigir e teríamos o problema do déficit praticamente resolvido.

Carlos Borges Sousa disse...

Meu caro,
Facto curioso é que a TVI passou uma excelente reportagem sobre o tema, e para a qual um amigo, fez o favor de me alertar.
Ora, depois de ter assistido à referida reportagem, a qual estava devidamente trabalhada/estruturada, só fiquei ainda muitíssimo mais baralhado.
Recomendo-lhe que dê uma “espreitadela” à TVI (www.tvi.pt) e, em pesquisar escreva SIRESP e delicie-se com as explicações …