É vulgar agora afirmar-se, a propósito de várias outras situações, que, finalmente, ‘os esqueletos decidiram sair do armário’. Não sei bem se é o caso ou se é possível aplicar aqui esta tão sugestiva imagem. De uma coisa estou seguro: se o não fizerem agora, arriscam-se a voltar ao pó de onde vieram. A crise que se anuncia pode, afinal, ter múltiplos desenvolvimentos e dar para muitos lados, porventura não para o mais favorável às aspirações de protagonismo de mais uns tantos.
Refiro-me ao anúncio, de um lado, ao lançamento da ideia, do outro, da formação de novos partidos políticos. Ao anúncio, não de um, mas de dois partidos (o MMS de Eduardo Correia e o MEP de Rui Marques); à ideia lançada por J. Miguel Júdice da constituição de um partido de direita, ‘mais liberal, mais conservador’, com a nata do PSD e CDS. Na passada, criava-se um grande partido social-democrata, pela fusão do PSD com o PS, uma vez que ambos ‘dizem as mesmas coisas e defendem as mesmas soluções’.
O momento, aliás, não podia ser mais propício: com o pano de fundo da descredibilização total do actual sistema de representação política (que a acção dos partidos tradicionais promoveu), a confusão que grassa no PSD em resultado da ‘invasão’ do seu território pelo PS, agravada com a intempestiva demissão do seu líder, parece talhada para facilitar a reconstituição partidária na zona definida como de centro-direita.
Os esqueletos, esses, sentem-se cada vez mais afoitos, até parecem mesmo dispostos a deixar de o ser. Para nos infernizar ainda mais a vida?
A ver vamos.
Os números que Marques Mendes não mostrou
Há 6 horas
1 comentário:
O que é interessante (?) é que todos eles, MMS e MEP, não são, nem de direita, nem de esquerda pois "isto", em/na politica é coisa do passado e apostam, todos, na meritocracia. Pela minha parte: estamos conversados e longa vida ...
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