sexta-feira, 12 de novembro de 2010

As FALSAS EVIDÊNCIAS do M-E-R-C-A-D-O ...


Falsa evidência n.º 1:
OS MERCADOS FINANCEIROS SÃO EFICIENTES
Falsa evidência n.º 2:
OS MERCADOS FINANCEIROS FAVORECEM O CRESCIMENTO ECONÓMICO
Falsa evidência n.º 3:
OS MERCADOS SÃO BONS JUIZES DO GRAU DE SOLVÊNCIA DOS ESTADOS
Falsa evidência n.º 4:
A SUBIDA ESPECTACULAR DAS DÍVIDAS PÚBLICAS É O RESULTADO DE UM EXCESSO DE DESPESAS
Falsa evidência n.º 5:
É PRECISO REDUZIR AS DESPESAS PARA DIMINUIR A DÍVIDA PÚBLICA
Falsa evidência n.º 6:
A DÍVIDA PÚBLICA TRANSFERE O CUSTO DOS NOSSOS EXCESSOS PARA OS NOSSOS NETOS
Falsa evidência n.º 7:
É PRECISO ASSEGURAR A ESTABILIDADE DOS MERCADOS FINANCEIROS PARA PODER FINANCIAR A DÍVIDA PÚBLICA
Falsa evidência n.º 8:
A UNIÃO EUROPEIA DEFENDE O MODELO SOCIAL EUROPEU
Falsa evidência n.º 9:
O EURO É UM ESCUDO DE PROTECÇÃO CONTRA A CRISE
Falsa evidência n.º 10:
A CRISE GREGA PERMITIU FINALMENTE AVANÇAR PARA UM GOVERNO ECONÓMICO E UMA VERDADEIRA SOLIDARIEDADE EUROPEIA
Conclusão :
DEBATER A POLÍTICA ECONÓMICA, TRAÇAR CAMINHOS PARA REFUNDAR A UNIÃO EUROPEIA
( in Manifesto dos Economistas Aterrorizados; para ler/estudar aqui)

1 comentário:

Anónimo disse...

Já tinha lido este texto no original, aproveitei agora para o rever na tradução portuguesa (bem mais confortável, sem dúvida).
É um facto que cada vez um número crescente de pessoas percebe que a tão propalada racionalidade dos mercados ou a sua inquestionável eficiência não passam de falsas evidências, postas a nu pelos factos recentes. Que a hipotética competição entre os agentes económicos utilizada para fundamentar aquelas é, hoje, objecto de descarada manipulação e apenas aproveita a um número restrito de pessoas: são elas, afinal, que garantem e sustentam o seu real domínio político. Que este discurso em que fundam a sua (também falsa) superioridade intelectual visa, tão só, a justificação e a perpetuação deste miserável estado de coisas. Mas finalmente muita gente começa a descortinar a realidade por detrás de tanta evidência e inevitabilidade.
Falta agora, na lógica deste processo, fazer com que a desmontagem crítica deste discurso conduza à demonstração/aceitação das perversidades inerentes ao modelo de desenvolvimento baseado no mercado e nas certezas à sua volta construídas (como, por exemplo, a que afirma a necessidade de se dinamizar o crescimento económico sustentado na prioridade às exportações – precisamente no actual contexto europeu de dominação política dos ‘mercados’!).
Faltam ainda, é certo, muitas coisas, mas já faltou mais...